Por Eduardo Luiz
23/12/2024, 07h54

Retrospectiva 2024 no ar: relembre como foi a temporada do Palmeiras
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

A pior temporada do Palmeiras na “Era Abel Ferreira” acabou com 1 título e dois vice-campeonatos. Mais do que o resultado esportivo, porém, o que fez a torcida classificar o ano de 2024 como abaixo do esperado foi o desempenho do time, que deixou a desejar em muitos jogos, especialmente nos mais importantes.

Relembre abaixo, mês a mês, os principais acontecimentos do ano. Em cada mês é possível clicar nos itens destacados e ler como noticiamos os fatos na época em que aconteceram.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O primeiro mês do ano reservou ao Palmeiras quatro jogos pelo Campeonato Paulista; foram 3 vitórias e 1 empate na campanha que viria a ser do título.

O empate foi logo no primeiro jogo, contra o Novorizontino, fora de casa; o time sofreu o gol no apagar das luzes. Depois vieram as vitórias sobre Inter de Limeira, Santos e Red Bull Bragantino.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O primeiro compromisso de fevereiro foi a disputa do torneio-bônus (Supercopa) contra o São Paulo, em Brasília. Numa partida em que o adversário se limitou a defender, o Palmeiras acabou ficando com o vice nos pênaltis.

Todos outros compromissos do mês foram pelo estadual; nas 6 partidas disputadas o Verdão venceu 4 (Ituano, São Bernardo, Mirassol e Portuguesa) e empatou duas, sendo uma delas com o Santo André, novamente no último lance, e outra com o Corinthians, graças a uma falha bizarra de Weverton.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Em março o time do técnico Abel Ferreira se dedicou à fase final do Paulista, superando Ponte Preta e Novorizontino nos “matas” e disputando o jogo de ida da final contra o Santos, na Vila Belmiro.

Repetindo o que aconteceu em 2022 e 2023, o Palmeiras fez um jogo ruim na casa do adversário e acabou superado por 1 a 0, resultado que obrigaria o Verdão e buscar outra virada para ficar com o título.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Antes de disputar a segunda final do Paulista, o Palmeiras estreou na Libertadores com um time alternativo e apenas empatou com o San Lorenzo, na Argentina.

No dia 7/4 o Verdão recebeu o Santos precisando de uma vitória por dois gols de diferença para ficar com o título e foi exatamente isso o que conseguiu: derrotou o rival por 2 a 0, gols de Raphael Veiga e Aníbal Moreno, e sagrou-se tricampeão estadual.

Ainda em abril o Palmeiras disputou mais dois jogos pela fase de grupos da Libertadores, derrotando Liverpool e Del Valle (de virada após estar perdendo por 2 a 0 na altitude), e estreou no Brasileirão. Nas primeiras 4 rodadas foram 1 vitória (Vitória), 2 empates (Flamengo e São Paulo) e 1 derrota – em “casa”, para o Internacional.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Maio reservou ao Palmeiras os primeiros jogos na Copa do Brasil; o time eliminou o Botafogo-SP depois de vencer em casa e empatar fora.

Os outros 5 jogos do mês foram pelo Brasileirão e Libertadores, sendo dois pelo nacional e três da competição continental. Pelo Brasileiro o Verdão venceu o Cuiabá fora mas perdeu em “casa” para o Athletico-PR; a exemplo do revés para o Inter, em abril, a partida aconteceu em Barueri.

Já pela Libertadores o Palmeiras goleou o Liverpool no Uruguai, voltou a vencer o Del Valle, desta vez em casa, mas perdeu a liderança geral da fase de grupos ao empatar com o San Lorenzo, também no Allianz Parque. A partida marcou a despedida de Endrick.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Diferente de maio, em junho o Verdão se dedicou apenas ao Brasileirão; foram 6 rodadas num intervalo de 20 dias, e o time conseguiu uma boa arrancada: venceu 5 e perdeu 1.

As vitórias foram sobre Criciúma, Vasco, Atlético-MG, Red Bull Bragantino e Juventude, sendo a mais expressiva a goleada sobre o Atlético-MG em seu novo estádio. Já a derrota foi feia: 3 a 0 para o Fortaleza, fora. Ao final dessa sequência o Verdão terminou a 12ª rodada na quarta posição.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O mês de julho também foi de dedicação praticamente exclusiva ao Campeonato Brasileiro; dos 9 jogos, 8 foram pelo nacional, e o Palmeiras oscilou bastante.

O começo até que foi bom: vitória sobre o Corinthians no Allianz Parque, empate com o Grêmio fora, e mais duas vitórias, sobre Bahia e Atlético-GO. Nos 4 jogos seguintes, porém, foram 3 derrotas e apenas 1 vitória, sobre o Cruzeiro. Uma das derrotas foi para o Vitória, em casa (as outras foram para Botafogo e Fluminense, ambas como visitante).

A derrota em pleno Allianz aconteceu porque o técnico Abel Ferreira usou um time reserva visando o duelo de 4 dias depois contra o Flamengo, no Rio, pela perna de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Mas o plano foi um fracasso, já que a Palmeiras não viu a cor da bola e acabou derrotado por 2 a 0.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Em agosto o Palmeiras teria pela frente os jogos mais importantes da temporada, e o time fraquejou. Mesmo com uma agenda mais tranquila – foram apenas 6 compromissos, os comandados do técnico Abel Ferreira acabaram eliminados das duas Copas.

A primeira frustração veio na Copa do Brasil. Precisando reverter os 2 a 0 do Maracanã, o Verdão até que foi bem em casa e venceu por 1 a 0. Um gol mal anulado de López é reclamado até hoje pela torcida. Fato é que o placar magro selou a primeira eliminação.

Pelo Brasileirão foram 4 jogos: empates com Internacional Flamengo, e vitórias sobre São Paulo e Cuiabá, no Brinco de Ouro. Esses resultados fizeram o time ficar apenas 2 pontos atrás do líder.

Pela Libertadores o Palmeiras foi superado por 2 a 1 pelo Botafogo no Rio de Janeiro, e em casa, depois de estar perdendo por 2 a 0, buscou o empate e teve um gol anulado no último lance, mas acabou caindo. De novo em casa. Outra vez para um carioca.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Fora das Copas, restaria ao Palmeiras até o final do ano as últimas 14 rodadas do Campeonato Brasileiro, e em setembro foram apenas 4 jogos em função de uma das várias e irritantes Datas-Fifa que aconteceram durante o ano.

E nessas 4 rodadas o Verdão foi bem: venceu todas: Athletico-PR (fora), Criciúma (casa), Vasco (Brasília) e Atlético-MG (Campinas). Somadas às vitórias sobre São Paulo e Cuiabá, em agosto, foram 6 seguidas que fizeram o time colar de vez no líder: 56 x 57 pontos. O sonho do Tri, após a frustração de agosto, estava vivo.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

A exemplo de setembro, em outubro o Palmeiras foi a campo poucas vezes – por não ter as Copas para disputar e por causa da penúltima Data Fifa de 2024.

Com tempo para treinar, e ciente de que não poderia falhar na reta final, o Verdão novamente ficou devendo ao somar 5 de 9 pontos possíveis: empatou com Red Bull Bragantino fora, derrotou o Juventude num jogo maluco em Caxias, e em casa empatou com o Fortaleza em 2 a 2 graças à duas falhas bisonhas de Mayke.

Com os resultados frustrantes o Palmeiras fechou o mês a 3 pontos do Botafogo. Embora matematicamente a chance de título ainda existisse, a torcida passou a ficar cada vez mais desconfiada em ver o time repetir o feito de 2023.

(Foto: Rafael Arantes/CBF)

Cinco das últimas 7 rodadas do Brasileirão aconteceriam em novembro. Instável, o Palmeiras abriu o mês sendo superado pelo Corinthians em Itaquera. Na sequência, porém, vieram 3 vitórias seguidas, sobre Grêmio, Bahia e Atlético-GO.

Graças a tropeços seguidos do Botafogo o Palmeiras se manteve vivo na briga pelo título. E quis o destino que no último jogo de novembro o adversário fosse justamente o Botafogo.

Ao derrotar o Atlético-GO no dia 23/11 o Verdão assumiu a liderança. No dia 26 aconteceria a partida contra a equipe carioca, e para o time de Abel Ferreira manter a ponta bastava um empate, mas novamente o Palmeiras fraquejou. Outra vez em casa. A derrota por 3 a 1 praticamente encerrou o campeonato.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O Palmeiras abriu o último mês do ano ciente de que o Tri só aconteceria por milagre. A vitória fora de casa sobre o Cruzeiro fez o time ir para a última rodada vivo, mas respirando por aparelhos.

Assim como aconteceu por praticamente toda temporada, porém, o Palmeiras falhou em casa ao ser derrotado pelo Fluminense. Já o Botafogo, diante de um São Paulo todo reserva, venceu no Rio por 2 a 1 e acabou campeão com 6 pontos de vantagem: 79 x 73.

(Foto: Palmeiras)

Do grupo que foi campeão brasileiro em 2023 o Palmeiras promoveu poucas mudanças. Saíram do clube ao longo do ano nomes como Artur, Kevin, Luan, Atuesta, Jhon Jhon e Endrick, que já estava negociado com o Real Madrid desde a temporada passada.

Já as chegadas não mudaram o patamar do elenco. Os primeiros reforços foram Aníbal Moreno, Bruno Rodrigues e Caio Paulista. Pouco depois foi a vez de Lázaro ser anunciado. Durante a temporada o Verdão também trouxe Giay e Rômulo.

Os nomes de mais impacto foram Maurício e Felipe Anderson. Os meias, porém, não desempenharam o futebol que a maioria esperava. No total o clube investiu R$ 192 milhões em reforços em 2024.

(Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

Dono da melhor base do futebol brasileiro, o Palmeiras voltou a empilhar taças em 2024. No total, do Sub-7 ao Sub-20 o Verdão conquistou 31 títulos.

O mais importante foi o Brasileirão Sub-20 em final disputada contra o Cruzeiro. Apesar de ter levado a principal taça da categoria, o Sub-20 decepcionou na Copa São Paulo (foi eliminado pro Aster), no Paulista (caiu na semifinal) e na Copa do Brasil (ficou com o vice em final contra o São Paulo após ter aberto 2 a 0).

Sempre forte, o Sub-17 também decepcionou numa final ao perder para o Fluminense em pleno Allianz Parque o título do Brasileirão da categoria. Já os meninos do Sub-13 fizeram história ao conquistar o Paulista com 100% de aproveitamento – foram incríveis 24 vitórias em 24 jogos.

(Foto: Fabio Menotti/Palmeiras)

Fora das quatro linhas um dos principais acontecimentos do ano foi a reeleição da presidente Leila Pereira, que diferente do primeiro pleito teve adversário – derrotou Savério Orlandi.

A batalha judicial com a WTorre, que durou uma década, também foi resolvida com as partes celebrando um acordo; a construtora se comprometeu a quitar a dívida superior a R$ 100 milhões e voltou a fazer os repasses mensais referentes à exploração comercial do Allianz Parque.

Gerente de futebol desde a época de Paulo Nobre, Cícero Souza aceitou convite da CBF e deixou o clube, movimento inverso ao de João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base que recusou diversas propostas, a última delas do Flamengo, já no final do ano.

Integrante da Libra, grupo que tentou formar uma Liga, o Palmeiras liderou o movimento que acabou acertando com o Grupo Globo a comercialização dos direitos de transmissão do Brasileirão de 2025 a 2029.

Clique aqui e veja números e a relação de todos jogos do Palmeiras na temporada.

Clique aqui e veja o que os leitores do PTD elegeram de melhor e de pior do Palmeiras na temporada.

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