Por Catedral de Luz
29/07/2020

(Foto: Palmeiras)

Vivemos um período de fragilidade emocional. Todos os dias nós perdemos páginas de nossa história, próximas ou não.

Tudo isto é o suficiente para revermos os nossos conceitos e humanizarmos, definitivamente, os nossos relacionamentos.

Desde já, o futebol e a “SEP” identificam-se como formadores de uma sociedade saudável e profícua.

Contudo, a nossa “Sociedade” nem sempre prima pela busca do bom senso e da convergência das ideias.

Depois de mais de meio século torcendo pelo “Palmeiras” percebi que o futebol alviverde não se acaba em si. Sempre haverá o personagem que queira aproveitar-se do clube ao fazer do torcedor em pé, atrás do gol, como sua massa de manobra.

Tal “massa de manobra” quando propõe um ponto de vista é passional e deixa-se levar por formadores de opiniões nem sempre de boa fé.

“Paulo Kuchembuck”, colega de mídia social, ao lembrar uma célebre frase do filósofo e escritor “Umberto Eco Omri” foi feliz e cirúrgico: “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis…”

Ninguém quer que o ilustre torcedor – por isso os time respira – seja impedido de falar o que pensa. Pensar para falar, porém, necessário é.

Palpitar, por exemplo, quem deve jogar é um direito, mas ofender quem deve sair é erro, principalmente quando falamos de um jogador que já conquistou algo e não pode ser descartado como ferro velho.

Ex-goleiro da “SEP”, Ivan (82 jogos com a camisa alviverde, entre 1986 a 1991) afirmou recentemente: “Palmeiras é o clube mais difícil de trabalhar”. Vindo de um profissional que milita no futebol a “40 anos” e declaradamente palmeirense, eu pergunto: “Não seria apropriado repensarmos a estridência das cornetas alviverdes?”

Esta noite teremos um jogo importante e que pode levar-nos entre os quatro melhores do campeonato. Você que me lê pode até responder: “Pouco importa!” Mas eu prosseguirei: “Sim, importa! Escreveremos mais uma página de nossa história e a vitória – somente ela, solitária – é lembrada e comemorada.

Proponho um pacto pelo título, mesmo que você dê de ombros e contemple o time como algo incompetente. Vibre por eles e perceba que o mundo não é só bombas e terra arrasada.

A “SEP” precisa de você para torná-lo feliz.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.