Por Catedral de Luz
22/04/2022

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Escrevo a coluna “Galope Palestrino” desde 2013. À época disputávamos a Série B e não tínhamos dinheiro para pagar a conta de fornecimento de energia elétrica.

O elenco era competitivo para o nível da concorrência que enfrentávamos e alguns atletas até brilhavam, mas a jornada demonstrava-se longa, além de um retorno à Série A.

A temporada seguinte (2014) trouxe aos alviverdes um choque de realidade. Completávamos “100” anos, mas o nosso Presidente, Paulo Nobre, várias vêzes sinalizou que não seria refém do centenário.

A idiossincrasia presidencial quase nos levou de volta para o inferno. Mas quem falou que Deus não é um verdadeiro palestrino?

Erro reconhecido e assumido, Paulo Nobre passou a interpretar em 2015 o personagem que ele negara um ano antes. Nascia o “Mecenas” e com ele a conquista da Copa do Brasil foi uma consequência.

A temporada de 2016 fechou o circuito da renascença alviverde, com a conquista do Brasileiro da Série A.

Aliás, à época, a Crefisa já desfilava enquanto patrocinadora e parecia que sua influência política aumentava gradualmente.

Todavia, caros amigos, não pensem na patrocinadora como algoz única dessa “Guerra dos Tronos”, porque como diria minha Mestra, Benair Ribeiro, uma de minhas orientadoras do curso de História: “Na política não há personagens bons ou maus. Na verdade, diversos são os interesses e ninguém está passivo de críticas”. Radicalizando: nesse imbróglio ninguém presta.

Assim sendo, mais quatro anos se passaram, um novo presidente (Galiotte) assumiu a cadeira máxima da SEP, alguns rompimentos substituíram mãos e os anéis resistiram.

Suicídio seria este colunista negar que havia um planejamento posto em prática dentro do clube. A não ser pelo “CEO” Mattos, com licença para matar.

Mesmo assim conquistamos o Brasileiro de 2018 e traçamos novas diretrizes para a segunda década do Século XXI.

Prova evidente de que o raciocínio acertara a receita viria por intermédio dos títulos alcançados em 2020 (Estadual, Copa do Brasil e Libertadores). Primeiramente pelas mãos míticas de Luxemburgo e logo após buscas insanas, pelo encontro com o futuro esmeraldino (Abel Ferreira).

Alguns falam em sorte – novamente essa história, Batman! –, mas a verdade é que o termo utilizado pela banda inglesa, Police, melhor sintetiza: Sincronicidade dos fatos.

Sorte (sic!) ou sincronicidade, a Libertadores de 2021 foi a prova irrestrita de que o “gajo” não era acaso e o processo continuava a todo vapor, apesar de certos erros cometidos – quem não os comete? –.

Demonstrando maturidade e um espírito competitivo acima da média para os padrões nacionais, mais duas vitórias trouxeram alegria à coletividade alviverde (Paulista e Recopa).

Todavia, algumas eminências continuam a reclamar, como se a história das últimas temporadas fosse feita em solo de terra arrasada. A esses amargos palestrinos eu amaldiçoo: “Respirar o ar fétido do umbral da década de 80. É o que vocês merecem, pseudopalmeirenses.

Quando você emitir um ponto de vista sobre alguém, utilize-se da prudência e do tirocínio. Faça com conhecimento de causa. Domine o assunto contido no personagem questionado. Não faça suposições.

Pensar pequeno é um termo profundamente inadequado. Você – não preciso chamá-lo pelo nome, pois quero preservá-lo – foi absolutamente infeliz.

A coluna “Galope Peregrino” é um canal aberto à família palestrina expressar suas impressões.

Continue a participar, mas quando bater às portas da coluna, limpe os pés e deixe a ira lá fora. Afinal, somos todos um.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.