Por Catedral de Luz
06/04/2022

(Fotos: Cesar Greco/Palmeiras)

Nem sempre o valor de uma pessoa está ligado à realidade cotidiana de uma sociedade.

Vez por outra passamos uma vida lutando por um lugar ao sol e não alcançamos reconhecimento, em parte por não encontrarmos as pessoas certas nos lugares certos e que possam auxiliar-nos ou porque nossa crítica ao sistema extrapola as convenções.

Vincent Willen van Gogh, pintor pós-impressionista holandês é um exemplo clássico de tudo o que foi descrito acima.

Nascido no Século XIX, Van Gogh produziu mais de duas mil obras durante a sua carreira e, pasmem, vendeu somente duas delas – ambas para seu irmão, Theo –.

Entre outros quadros Van Gogh pintou “Noite estrelada” e “Lírios”, ambos de 1889. Entretanto, a fama chegou tardia, pós-morte – Século XX, mais precisamente –. Admirado pelo imaginário público como a essência do gênio não compreendido.

Van Gogh à parte, mas não nos esquecendo da genialidade humana, a arte continua a ser desvalorizada pela sociedade afora – no futebol, por exemplo –.

Há dois dias foram distribuídos prêmios para os melhores do Campeonato Estadual de 2022 e salvo melhor juízo algumas inconsistências foram demandadas.

Ponto de vista, cada um tem o seu, mas em determinados momentos ele chega a ser tendencioso, tais como “Melhor técnico” e “Melhores Laterais”.

Custa-me acreditar que o técnico vencedor do campeonato não é o melhor técnico deste mesmo campeonato. Aliás, bom seria aproveitar e descobrir quem foi o melhor lateral direito e o melhor lateral pela esquerda.

Ah futebol! Suas amarguras e preconceitos. Abel, Rocha e Piquerez mandam lembranças.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.