Por Eduardo Luiz
07/08/2020, 13h55

(Foto: Reprodução)

Um dos protagonistas do escândalo promovido pela FPF na final do Campeonato Paulista de 2018, o árbitro Marcelo Aparecido de Souza concedeu entrevista ao repórter Ciro Campos, do Estadão, para comentar a polêmica, já que neste sábado, exatos 853 dias depois, a decisão entre Palmeiras e Corinthians será reeditada no Allianz Parque.

Aos 47 anos e hoje apitando pela Federação Paraibana de Futebol, Marcelo Aparecido revelou que um dos seus assistentes no fatídico dia 08 de abril de 2018 utilizou um equipamento proibido – um relógio que recebe mensagem de texto, o que possibilitaria a ele receber informação externa e retransmiti-la ao árbitro pelo rádio de comunicação.

“Se a gente quisesse fazer algo de errado, hoje tem relógio que te mostra no visor as mensagens que você recebe no celular. Na época, um dos nossos assistentes utilizava desse relógio” disse o juiz, negando má-fé, mas fazendo uma revelação até então inédita.

Para Aparecido, a versão de interferência externa, apesar das evidências, é fantasiosa: “Falar que houve interferência externa não passa de teoria da conspiração. Não teve interferência. O que houve foi um procedimento equivocado. A forma como foi feita, que durou sete minutos, isso estava errado. Não soubemos conduzir da maneira correta. Poderia ter sido mais rápido? Poderia. Mas com o estádio lotado, a gente não conseguia se ouvir. Dentro do estádio o barulho era ensurdecedor”.

O árbitro concluiu “comemorando” a fama que a polêmica lhe rendeu: “Eu prefiro ver sempre o copo meio cheio. Se não tivesse acontecido tudo isso, ninguém se lembraria mais de mim depois de 20 anos na arbitragem”.

Veja a entrevista na íntegra clicando aqui.

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