Por Catedral de Luz
10/07/2023

(Foto: Reprodução)

No entendimento dos mandatários da SEP, manter o futebol em silêncio é uma forma de preservá-lo das sucessivas polêmicas em que o mesmoé envolvido. É uma atitude sensata partindo do pressuposto de que os adversários golpeiam onde os sintomas são acusados.

O jornalismo quer informar, bem sabemos, mas o simples ato de trazer à luz os fatos é conversa fiada. Há tempos o romantismo do futebol celebrou sua missa de sétimo dia. Atrás das teclas do computador sempre há quem vista uma camisa de time.

O torcedor alviverde sente a falta de ouvir o Técnico, Auxiliares e Atletas. Entender o queaconteceu e os próximos passos. Entretanto, quando as jornadas pertencem a estradas sinuosas, o melhor a fazer é pavimentá-las etorná-las trafegáveis. Nada melhor do que labutar, dia após dia.

Infelizmente, para uma considerável fatia de palestrinos, não emitir um ponto de vista é sinal absoluto de descomprometimento– justamente por parte dos mesmos que tanto conquistaram nas últimas temporadas.

Tábula rasa, ilustres leitores. Concluir pelo viés do caminho da conveniência, como se cada um dos torcedores que pulveriza o clube de críticas nascesse com a verdade grafada em seu DNA e somente a SEP não enxergasse o que fazer.

Várias pautas não chegam aos ouvidos do torcedor. Envolvidas pelo manto do desconhecido, afinal sigilosas – business is business – são passivas de prejulgamento. Como diria Caetano “…Narciso acha feio o que não é espelho”.

“Futebol não é para amadores”. Quantas vezes ouvimos tal probabilidade? Portanto, por que não incluir no pacote um novo sofismo? Pois a arte de torcer também mudou. “Torcer não é para amadores”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.