Por Catedral de Luz
13/05/2022

(Foto: Reprodução)

Amsterdã e a “terra da garoa” fazem divisa? Responda afirmativamente quando o funcionamento dos bastidores do futebol brasileiro de alguma maneira fizerem sentido.

Seria possível para um jogador de 26 anos, hábil com a perna esquerda, inúmeros títulos conquistados, contrato em vigência com um dos maiores clubes do continente e mesmo assim ser ignorado pelo selecionado da Holanda? A resposta é não, claro! Certamente improvável a “laranja mecânica” abster-se de um valor expressivo como esse.

São 17 gols em 5 meses, maior assistente do time (6) e artilheiro da história do clube dentro do principal torneio continental (14). Afinal, o que mais faria tal atleta para cair no gosto do treinador?

São 21 penalidades máximas cobradas e convertidas durante os 90 minutos de jogo. Apenas mais uma marca entre várias que fazem os holofotes virarem contra seu rosto.

Definitivamente um craque. Uma luxuria largar mão de tal atleta.

Camisa 23, estilo europeu e pedindo passagem. Um nome importante e mesmo assim descartável. A torcida alviverde lhe abraça e agradece.

Van der Veiga é o nome do garoto. Nascido brasileiro, mas com pinta de holandês. O melhor entre eles, mas brasileiro, embora Adenor faça olhos e ouvidos de mercador.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.