Por Catedral de Luz
26/05/2021

(Foto: Reprodução)

Permitam-me mudar o comportamento de meu discurso voltado para cicatrizar as chagas dos dias de dor e enaltecer com ênfase os dias de conquistas.

Nasci palmeirense e vivi com intensidade cada ano de disputas.

Igual a qualquer palestrino tenho meus momentos de passionalismo, mas não permito que eles administrem meu cérebro. Portanto, eu entendo que é chegado o tempo das escolhas corretas, do bom senso e do equilíbrio, mas que devem se fazer acompanhar de sabedoria, pois isentando-se dela seremos apenas mais um entre os inúmeros alienados.

Certamente há, entre nós, aqueles que formam opiniões, mas também há quem ouve e endossa aleatoriamente, como um bom divulgador de leasing ideológico – aí está o nosso problema –.

Parece que a cada fracasso – assim chamado pelo nicho “hard”, os títulos não conquistados – tudo que foi alcançado e construído ao redor da seriedade de um planejamento de cunho técnico vai para a lata de lixo. Há, inclusive, aqueles que – não sei a mando de quem – procuram técnico desempregado e realizam, supostamente, contatos iniciais. Fica aqui meu absoluto inconformismo com as figuras que, a título de um suposto amor ao clube, apenas confundem e desconstroem.

É hora de crescer, palestrinos. Evocar a maturidade que teima chegar, pois caso contrário o destino conspirará em favor – aí sim! – de um verdadeiro fracasso..

Não permitam que o trabalho competente seja interrompido. Ele não tem vínculo algum com o fator político que a cada percalço vem a baila.

O futebol palestrino merece mais do que oportunistas e eles parecem pragas que se alimentam do discurso do “quanto pior, melhor”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.