Por Catedral de Luz
02/09/2020

(Fotos: Palmeiras)

Ambiente ruim? As evidências negam o fato.

Alternamos elencos unidos e desunidos, desde 1914. O que fazia os resultados acontecerem eram os bons jogadores que produziam a contento, mesmo em conflito constante.

Contudo, apenas bons jogadores bastam?

“Evair”, o melhor centroavante que pude assistir com a camisa alviverde vai fundo e afirma que, no “Palmeiras”, não nos bastam os bons jogadores se os mesmos não demonstrarem personalidade”.

Personalidade é sinal de maturidade. Para exigir e oferecer. Alias, entre exigir e oferecer, salários atrasados prejudicam? Certamente, mas não é o caso.

Quando surgem os atrasos salariais, a intranquilidade dos lares entra em colapso e interfere no emocional. Porém, em circunstâncias assim, personalidade e maturidade ajudam, aliadas do diálogo aberto com quem comando o grupo.

Mas personalidade, maturidade e diálogo suprem eventuais problemas?

“Scolari”, um dos maiores técnicos da história alviverde afirma que sim, se e somente se houver comprometimento do grupo. Afinal, enquanto técnico do “Grêmio”, ele juntou os maiores salários do time para pagar os menores salários. Imagine os três ou quatro maiores ordenados financiando o mês dos menores. À frente, é claro, o clube cobriria a conta dos medalhões.

Ambiente bom, salários em dia… Por que o desempenho namora com o ínfimo?

Bons jogadores em fase técnica abaixo da média, embora comandados por um técnico com currículo admirável, explicam o não entendimento correto da tática proposta – você tenta e não consegue –, embora não justifique.

“Marcos”, no meu entendimento, o melhor goleiro que vestiu a camisa palestrina diz que o jogador que enverga a camisa alviverde nunca pode deixar-se deslumbrar e apresentar sempre o estigma da coragem.

Coragem é uma palavra de significado delicado e que poucos conseguem lidar na esfera profissional.

O manto sagrado esmeraldino pesa e o que ajuda, conforme “Marcos – ex-goleiro dos momentos miraculosos –” são as escolhas que você faz. Entregar a camisa e partir para clubes menos cobrados ou marcar sua passagem na “S.E.P.” e virar ídolo.

“A lenda viva das traves” até hoje diz que, depois de recusar-se a assinar com o “Arsenal” inglês, deixou de ser apenas um jogador e, mais do que o clube de infância pudesse influenciar, passou a ser palmeirense.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.