Por Catedral de Luz
22/03/2021

(Foto: Reprodução)

Meu propósito ao escrever esta coluna é opinar sobre a “S.E.P.” e ajudá-la no que for possível.

Pretensões à parte, não sou o “senhor da verdade”. “Galope Peregrino” é uma ferramenta que eu e meus ilustres leitores utilizamos em comum acordo e, invariavelmente, os comentários acrescentam ao conteúdo dos textos.

Feitas as devidas ressalvas, convido a todos a viajar para o “século XX”, “década de 60”, “1961’, mais precisamente, e participar da chegada de um jovem carioca ao seio da família alviverde. Falo do “Divino”, “Ademir da Guia”.

“Ademir” estreou em um “Derby (3X0, 1962)” e vindo dos suplentes, mas seu primeiro gol veio somente dois meses depois e frente a “Internacional de Limeira”.

Autor de “155” gols em mais de “900” jogos envergando a camisa alviverde permitiram a “Ademir” ser chamado de “Maestro das Academias”. Certamente, o maior jogador de nossa história.

Embora precedido de talento indiscutível, seus primeiros anos não foram fáceis. A troca sucessiva de treinadores influenciou, até como articulador defensivo (volante, para aqueles que cultivam o futebol raiz) ele foi escalado. Todavia, bom senso e perseverança, do clube e do “Divino” – nesta ordem – mantiveram-no útil, competitivo e em crescimento constante.

Retornando ao “Século XXI” e observado a realidade que permeia o universo do “Maior do Brasil”, eu percebo um certo exagero nas cobranças pertinentes a reforços.

Alheio ao instante social que predominantemente influencia os rumos das inúmeras camadas (econômicas, políticas, artísticas, esportivas, etc), a torcida exige “nomes de primeira linha” e “nomes de primeira linha” demandam dinheiro, somas vultuosas e que podem transformar ricos em pedintes, do dia para a noite.

Como diria “Brunoro”, durante os maravilhosos tempos da cogestora “Parmalat”, quando o valor pedido em um jogador excedia o “bugget”: “Certamento eu posso, mas não devo”.

Assim sendo, às vezes se faz necessário apostar em personagens secundários, mas que possam marcar território, à medida que o tempo passa, da mesma forma que o ex-meio campista do Bangu, no “inverno de 1961”.

Para ler e pensar, por que não?

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.