Por Catedral de Luz
18/09/2020

A vida palestrina em 2020 tem sido uma luta constante em busca de derrubar tabus.

Todas as rodadas dos campeonatos por nós disputadas trazem polêmicas históricas e os primeiros a comprarem tais ideias pertencem à torcida palmeirense.

Não vencíamos times da Série A, do “Brasileiro”? Não vencíamos clássicos? Nunca vencemos o time do Bolívar em gramados bolivianos e desde 1983 (37 anos) eles não perdem para brasileiros?

Ilustre leitores, a melhor alternativa para o mal do tabu é derrubá-lo. Provar que ele é apenas sintomatologia de um fator emocional abalado e não trabalhado

É aí que o técnico “Luxemburgo” salta à frente da concorrência, pois ele enxerga além do jogador. Vislumbra o homem profissional em busca do sucesso e suas soluções para alcançá-lo.

Você pode não gostar do “modus operandi Luxemburguês”. Ter até nomes viáveis para substituí-lo. Mas quantas vezes esse cara não virou um jogo ou mudou o panorama de uma partida? Pelo menos cinco ou seis vezes, durante a atual temporada.

Eu não acredito em sorte, pura e simplesmente. Agora se falarmos em capacidade mais chance aproveitada, as coisas mudam de figura.

E aí, caros amigos, “Luxemburgo” consertou as linhas do time, ao cuidar da confiança em baixa. Aumentando-a cresceu a técnica e a tática deixou de ser ininteligível.

Amigo “Conrado” criou a frase correta para definir “Luxemburgo” quando o assunto é conhecimento tático: “A concorrência atualiza-se, enquanto o Professor faz uso do instinto”. Afinal, existe o conhecimento tático raiz?

Conceitos a parte, “Luxemburgo” é tema cotidiano nas análises dos cronistas esportivos. Jogar mal e vencer basta? Não, eu responderia imediatamente, pois a terminologia “jogar mal” é usada de maneira simplória. Não necessariamente jogar bem é dar chapéu, lançar a uma distância de cinquenta metros ou marcar um gol de placa. Isto são ferramentas aos dispor dos craques. Jogar bem é executar os fundamentos táticos, com conhecimento de causa.

Assim sendo, estamos próximos de lembrar de cabeça o time titular? Certamente.. Muito do que foi visto passa pela coragem do treinador aliada à juventude de alguns diamantes alviverdes? Sim.

Enfim, não é hora de enxergar além do horizonte?

É hora de derrubar mais um tabu.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.