Por Catedral de Luz
31/01/2022

(Foto: Reprodução)

Estudos empíricos foram feitos com caranguejos dentro de um balde d’água. O objetivo era analisar o comportamento deles em cativeiro.

Entre os crustáceos citados alguns tentavam escapar e alcançar a superfície do balde. Porém, da mesma maneira haviam aqueles que adaptavam-se ao ambiente e, ao contrário, dificultavam a saída dos caranguejos insatisfeitos, puxando-lhes para o fundo.

O estudo não concluiu o relatório final, entretanto algumas teses foram levadas a termo. Há quem aposte no instinto de sobrevivência, enquanto outros, em menor número confiam em uma espécie de sociedade primitiva – in natura –.

Independente da tese, uma coisa é certa e consta nos apontamentos finais, a história insólita dos caranguejos espelha perfeitamente a imagem e semelhança da sociedade humana. Aqueles que se permitem sonhar com algo melhor para si enfrentam obstáculos gerados por seus próprios pares, relutantes em enxergar além do próprio umbigo.

Página virada e futebol brasileiro à frente, o que é possível aprender com esses personagens, moradores do balde d’água? Enquanto alguns buscam o vislumbre do universo fora da caixa, outros enfatizam os mesmos vícios de sempre, onde o “jeito brasileiro” é a válvula de escape. Acreditar em institucionalizar o calote continua sendo a alternativa viável.

Partindo dessa premissa, mais um motivo para enaltecer o trabalho responsável imposto pela SEP e deixar de pensar com o fígado.

Para galgar um lugar no pódio é necessário enfatizar no planejamento uma estratégia baseada em finanças saudáveis evitando assim a insanidade dos cultivadores do “amanhã a gente vê”.

Não acredite em milagres mirabolantes, pois a tendência desses “Messias do absurdo” é o fundo do … “balde d’água”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.