Por Catedral de Luz
16/09/2022

(Foto: Reprodução)

Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/ GALOPE PEREGRINO”, datado de 05/06/2013.

“A ÁGUIA DA IX LEGIO” utiliza-se do tempo para ensinar.

Ao fazer uso de um mito da Roma Antiga, como ponto de partida, o autor estampou aos leitores quais as principais tramas a serem trabalhadas para que uma suposta “IV Academia” fizesse parte do contexto palestrino.

Interessante saber que, em futuro próximo, tal realidade viesse a tona.

A ÁGUIA DA IX LEGIO

Caledônia, Escócia atual, início do Século II (d.C.). Guerreiros pictos impõem resistência ao crescimento do Império Romano.

Com a finalidade de conjurar o inimigo, o Governador da Bretanha envia o IX Contingente de Legionários – IX Legio -. Considerado invencível, tal comando era temido pelos povos antagônicos e venerado por seus pares. Misteriosamente, diga-se, foi a última tarefa delegada ao famoso corpo de soldados romanos.

A História não oferece pistas do destino submetido à IX Legio. Entretanto, deixamos sob a responsabilidade das lendas – ou mitos? – o dever de moldar os passos incertos desse famoso elenco.

Algumas fontes extraoficiais nos falam que, quando o Império Romano, Roma ou seus filhos estiverem em perigo, uma águia será vista sobrevoando as imediações, anunciando assim a chegada da IX Legio, seu retorno salvador e vitorioso.

Claro que tudo faz parte de um tomo ideológico que municia nossos instintos mais primitivos. Algo como povo escolhido a sofrer as influências da imponderabilidade invisível. Contudo, a energia que o assunto agrega pode mover montanhas a desafiar a lógica dos mais estudiosos cientistas.

Assim sendo e a despeito da maioria questionar, o esporte e o futebol – especificamente – utilizam-se deste canal, principalmente quando as vozes não convergem. É a hora do conhecimento alimentar-se da psicologia. É a vez do emocional superar a racionalidade dos homens.

A torcida da SEP vive sonhando acordada com a volta salvadora e vitoriosa da “IX Legio Alviverde”. Algo que lhe devolva o respeito perdido, pois como diria Maquiavel, “o temor alheio é mais proveitoso do que o amor”.

A torcida da SEP não precisa de um clube rico e que ostente opulência, [mas saudável]. É do equilíbrio dos homens a decidir o nosso futuro o que precisamos. Contratando reforços pontuais e revelando valores das categorias pré profissionais (1).

A torcida da SEP precisa de guerreiros, mas também precisa de generais, dentro e fora de campo, que comandem aquilo que, um dia, chamaremos de “IV Academia” (2).

Enquanto a profecia não é consumada, vamos festejando o humilde banquete da Série B e a vitória esperançosa diante do bravo Avaí (3).

Que os deuses da mitologia romana possam sufocar o nosso pranto.

(1) Assim tem demonstrado o nosso presente vitorioso, embora alguns reparos emergenciais sempre sejam necessários.

(2) A IV Academia preconizada por este colunista surgiu anos depois, pelas mãos de um “general português” e por guerreiros que fizeram da humildade e disciplina tática as suas armas cotidianas.

(3) 2X1, Itu, junho/ 2013. Abaixo, imagens dos gols.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.