Alguns leitores escreveram-me e desde já deixaram claro que oportunizaram a temporada de 2020. Eles passaram a pensar em contratações, dispensas… Algo que os faça voltar ao jogo vitorioso.

Eu, entretanto, assim como outros esmeraldinos, ainda acho que o “Brasileiro” respira dentro de nós. Bem sei que posso chamar tal sentimento de delírio, mas é assim que cultivei minha palestrinidade durante todos esses anos.

Aproveitando esta interminável insanidade, eu gostaria de partilhar dela com todos vocês. Afinal, a lógica matemática ainda nos favorece, mesmo que por osmose.

Tenho assistido os jogos da “SEP” e percebo que o que não falta é vontade, mesmo que ela esteja acompanhada de uma qualidade questionável – ás vezes por fase técnica ruim, ás vezes por pura mediocridade.

Contudo e contrariando todas as análises jornalísticas, os resultados aconteceram beirando a interferência celestial.

Um exemplo clássico manifestou-se neste final de semana, pelas mãos do goleiro “Weverton”.

Simples assim. Inexplicavelmente, o adversário surpreendeu, ditou seu ritmo ao jogo e só não venceu porque “Weverton” jogou por ele e mais “10”.

Mas o futebol é caprichoso e pune implacavelmente aqueles que dormem a maior parte do campeonato. O adversário cearense sabe bem do que falo.

Hoje nos distanciamos do mote a ser seguido. Deixamos nossas melhores partidas lá atrás, nas rodadas que precederam a “Copa América”.

Particularmente, eu enxergo a “SEP” feito o “Quixote” literário, ao lutar contra moinhos de vento e achá-los dragões medievais. Espero que o sentimento seja passageiro ou que a qualquer momento o personagem inventado por “Miguel de Cervantes” inspire-nos a ascender para a vitória, mesmo que ela seja a última atitude de um elenco a ser desconstruído.

O mundo prega peças e o último desejo de um moribundo pode realizar-se por intermédio de prodígios inexplicáveis.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.

Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira poesia perdidas.