Por Roberto Galluzzi Jr.
01/09/2023

RE-PERCUSSÃO: Libertadores, paixão palestrina
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Não vou entrar no mérito, porque isso só gera polêmica. Lógico que todos aqui querem Mundial. Mas entre um torneio que os europeus desprezam, que os clubes (da América do Sul) disputam uma ou duas vezes a cada 20, 30 anos e que é composto de uma ou duas partidas… sou mais uma bela e disputada Libertadores.

Convenhamos… os próprios europeus valorizam muito mais a conquista da Champions do que os Mundiais. Lógico que tem sua importância, mas o torneio continental carrega uma tradição de 60 anos, e agora tivemos a chance de dar uma “VARrida” na catimba dos hermanos (com licença do trocadilho infame).

Ou seja… Libertadores é mesmo nossa obsessão. Tal como os torneios regionais eram na primeira metade do século passado. Brasileiro, era espremido nos meses finais do ano. O que pegava mesmo era ganhar um Paulistão. E hoje, muito mudou.

Mas enquanto o mundial continuar sendo uma semana de luxo no Japão ou nas Arábias, ainda carecerá do charme, da atração, da vontade e da disputa que uma Libertadores ostenta. E também pelo formato, uma vez que o torneio continental é disputado como um copa do mundo (grupos e mata-mata) num longo período no qual o time que já estiver na fase de grupos, joga pelo menos 6 vezes.

Então é fácil falar bem de algo quando está ganhando…. mas o desejo não é só do palmeirense, mas de praticamente todo torcedor de futebol sulamericano ou europeu: conquistar o torneio continental.

Queremos, a todo custo, uma passagem ao Mundial (que ainda é nosso Santo Graal). Mas sejamos sinceros, pra quem está na quarta semi-final seguida da Libertadores, o desejo estar entre os maiores vencedores do torneio, não é apenas saboroso… é uma meta.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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