Por Roberto Galluzzi Jr.
19/10/2023

RE-PERCUSSÃO: Blindagem contra incompetência
(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Ao que se deve nossa queda de rendimento?

Sempre foi assim: nós, torcedores, clamamos por uma diretoria que conseguisse segurar nossos principais jogadores perante propostas externas. Manter o elenco e ganhar com o entrosamento sempre foram verdades absolutas. Difícil é encontrar uma equipe com fôlego financeiro para isso.

Aí, quando nós finalmente (apesar de outros erros) temos condição de “segurar” a galera… ela se rebela e perde desempenho. A verdade tem que ser dita. Apesar de tanta indignação contra nossa diretoria pela falta de novas contratações, eles acertaram ao manter o elenco. Só que o elenco não manteve sua postura.

Os 2 maiores motivos (além da Conmebol) de nossa queda de desempenho: contusão do Dudu e falta de profissionalismo de jogadores que perderam performance após receberem propostas que foram recusadas pelo clube. Por que a imprensa não comenta isso? Por que essa questão não é levantada? Ora pois… porque, via de regra, os jogadores são os queridinhos da imprensa, no lado oposto da balança onde costuma-se colocar os dirigentes e treinadores, eternizados que são no papel de vilões.

Pois a vida não é assim amigos.. e há muito mais sacanagem de onde esperamos salvação. Um dos grandes desafetos da geração anterior, o sr. Mumú Contursi destroçou nosso futebol por causa disso: repudiava a “classe” dos atletas de tanto ver posturas dúbias, jogadores beijando a camisa na frente das câmeras e enfiando a faca no clube, por trás delas.

Realmente amigos, o futebol é tal como o ser humano e um pintura impressionista. Melhor visto de longe… quanto mais dele nos aproximamos, mais imperfeições e mais decepções. Nada me tira a sensação de que poderíamos ter ido a mais uma final de Libertadores, tivéssemos tido uma postura mais combativa, mais determinada, no momento certo. E haja diretoria, haja comissão técnica pra lidar com isso.

Há vitórias que exigem vontade. Há vitórias que exigem verdadeira obsessão. Libertadores não se vence com o coração no bolso.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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