Por Roberto Galluzzi Jr.
25/04/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Essa publicação repercute a notícia aqui do próprio PTD, ao notar a importância do camisa 5. Fato: o Abel Ferreira disse, quando da saída do Danilo, que não jogaria com um volante de contenção, mas com dois camisas 8 (Gabriel Menino e Zé Rafael) se alternando na função.

Após alguns jogos e alguns gols sofridos, percebemos que a tarefa é mais complicada do que nosso treinador poderia prever. Tanto Menino quanto o Zé continuam com boas atuações, mas nossa defesa está bem mais permeável do que nos tempos de Danilo… e aí, o que fazer?

Nota-se aqui outro fator: Richard Ríos. Pô, o cara entrou muito bem! Só que é mais um camisa 8! Ou seja, temos 3 excelentes camisas 8 e nenhum 5! E aí como é que fica, Abel?

Essa de acreditar que a função de primeiro-volante, teoricamente o marcador mais rápido do time, aquele designado a fazer coberturas, antecipações e retomadas de bola, pode ser exercida pelo segundo volante (que faz mais a ligação com o ataque), é uma ilusão perigosa. Ou ele designa a função diretamente a um dos 3, ou chama uma base (Fabinho) pra fazê-la.

Vejamos o time do Diniz, novo querido midiático: finalmente aprendeu que sem uma defesa forte, não adianta o esforço do ataque. Não sofreram gol ainda no Brasileirão e contam com uma baita dupla de volantes, além de um ataque eficiente. Resultado? Título e liderança.

Fórmulas são fáceis de ser copiadas, mas difíceis de serem praticadas caso não se use os mesmos ingredientes. Os caras buscaram e fizeram, e estão colhendo os frutos. E o Palmeiras, se vacilar, pode ficar pra trás. Se liga Abel, atenção nunca é demais.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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