Por Catedral de Luz, 29/01/2020

Há diferenças consideráveis entre concluir e menosprezar. Qualquer homem entende a diferença, menos André Rizek.

Pode um time como a “SEP” de 1996 ser superestimado pela crônica esportiva? Para o jornalista acima, sim.

Por mais defensivo que isto possa parecer, à época, a própria “Parmalat” fez o “mea culpa” e manifestou-se desfavoravelmente à atitude tomada de desfazer-se do time que por “6” meses encantou o Brasil e o mundo – por que não? -. Em outras palavras, ela e o “clube do jardim suspenso ” perderam uma das maiores chances de conquistar o mundo.

Provavelmente por diferenças de cunho estratégico, “patrocinadora e patrocinado” colocaram tudo a perder. Enquanto a “Parmalat” entendia que o momento era para a “SEP” contratar seus atletas, a “SEP – “Mustafá” -” não produzia o menor interesse no assunto. Mas isto é assunto para outro texto.

Retomando o assunto, caro André, desde já informo-lhe que não lhe considero desafeto. Ao contrário entendo a sua frase coberta pelo manto da infelicidade.

A “SEP” de 1996 não pode ser superestimada porque aquilo que fazia nas quatro linhas extrapolava o convencional.

A “SEP” de 1996 era vertical e oxigenava a grande área com o desejo frenético pelo gol. Como diria o mentor desse time, “Professor Luxemburgo”, “… a única maneira de demonstrar respeito ao adversário é fazer nele o maior número possível de gols…

A “SEP” de 1996 era arte e competitividade ao mesmo tempo. Imprensa e público tinham duas certezas: “O grande número de gols e a técnica combinada com a tática que demonstrava uma plasticidade acima da média em terras tupiniquins.

Enfim, caro colega André, não entrarei no mérito dos números produzidos por esta plêiade de jogadores. Falar de “Rivaldo” e outros valores e não dar-lhes o devido crédito é pura heresia.

A conquista do Estadual e outras taças amistosas – Euro-América, Jihan, Xangai e Pequim – podem não espelhar o verdadeiro potencial desse time, mas no período de “6” meses eles foram insuperáveis. Somente batidos pela própria grandeza e confiança exagerada.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira poesia perdidas.