Por Catedral de Luz
01/01/2021

(Foto: Reprodução YouTube)

Paulatinamente vamos aprendendo com “Abel Ferreira” algumas expressões costumeiras da língua lusitana, entre elas aquela que batiza o título deste texto.

Encontrei vários sentidos para este ditado, positivos e negativos, mas prefiro citar aquele que melhor espelha o trabalho do técnico alviverde.

“Levar a água ao seu moinho” é o mesmo que “defender seus interesses”.

Assim sendo, o “Gajo” expressa o código de sua estratégia, aliás intensamente trabalhada, onde quem não pactua não pode se aliar.

Ler na cartilha do “ilustre português”, embora não seja um exemplo claro de autoritarismo, faz a triagem dos que podem ou não levar a frente o objetivo da “S.E.P.”.

Mesmo que por vias originariamente não traçadas – e aqui deixo um elogio ao “Presidente Galiotte” e pares, afinal, melhor que trilhar um caminho equivocado é reconhecê-lo falível e reprocessá-lo –, a “Sociedade” soube lidar com os desvios encontrados e não fez conta da vaidade nossa de cada dia, costumeira em qualquer planejamento.

Guardadas as devidas diretrizes de comando, hoje, quem manda no futebol e faz com que os eixos da engrenagem sigam coerentes é “Abel Ferreira”.

Não há propriedade privada entre os titulares. Joga quem oferecer melhores respostas aos problemas de cada peleja.

Porém, quanto à linha defensiva, uma chancela especial. Não basta ser boa, pois é imperativo ser a melhor. Sólida como tantas outras que já montamos, mas qualificada em saída de bola. Já dizia o técnico do “Bulls”: Ataque ganha jogo e defesa ganha campeonato”.

Isso tudo existe e persiste, inclusive além do sistema defensivo, embora os frequentes obstáculos. A “S.E.P.” é um time que crescerá em qualidade, ponto. Todavia, a vitória é algo improvável da noite para o dia e é bom nos prepararmos para esse “Dia D” e não cometermos o pecado ingrato do passionalismo.

Depois de surpreender os voluntariosos mineiros, com um estilo voltado ao reativo, nós esperamos que o próximo a ser derrubado seja o “River” argentino.

Claro que o buraco é mais embaixo e as dificuldades beiram o extraordinário, mas é hora de buscar o jogo do “erro zero”. Reconhecer que do outro lado há um time que joga junto há três ou quatro anos.

Entretanto, não esqueçam da máxima de que o perfeito inexiste, e o “River” falhará, mais cedo ou mais tarde.

Feliz 2021!

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.