Por Catedral de Luz
31/03/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/ GALOPE PEREGRINO”, datado de 20/09/2013 e batizado pelo nome “ENTRE O XERIFE E O MAGO, A INCONVENIENTE SOBREVIVÊNCIA”.

À época citamos como sentíamos a troca de pontos de vista entre colunista e assíduos leitores.

Tal relacionamento continua agradável e aberto a ideias, quer sejam favoráveis ou não ao sistema, graças aos bons ventos. Depois de “10” anos de coluna até parece que foi ontem.

Aliás, testemunha de mais uma final.

ENTRE O XERIFE E O MAGO, A INCONVENIENTE SOBREVIVÊNCIA

A coluna “Galope Peregrino” nasceu para ser um canal da família alviverde próprio para refletir. Através dos textos editados, este colunista e os assíduos leitores trocam impressões sobre a SEP e seu dia a dia.

Ao final de cada assunto abordado tenho recebido inúmeros comentários – leio a todos e procuro, na medida do possível respondê-los. Alguns comprovam a convergência de nossas ideias, outros não. Entretanto, o saldo é extremamente satisfatório ao atestar a inteligência acima da média de todos aqueles que apresentam o seu juízo de valor.

Como é de conhecimento geral, não estou incluído entre os críticos contumazes da SEP. Ao contrário, eu procuro seu lado positivo, não por ser alienado, mas por entender que o futebol é “guerra psicológica”, do começo ao fim dos campeonatos dos quais participamos, e não servirei veneno aos meus irmãos de coletividade, sobre uma mesa forrada com a bandeira verde, vermelha (!) e branca

Aliás, que bela partida jogamos em Florianópolis [vitória sobre o Avaí]! Finalmente atingimos o equilíbrio esperado, dentro dos moldes da Série B. A sede insaciável demonstrada pelo jogo ofensivo praticado pela equipe de Kleina – alguns chamam de suicídio – combina – até surpreendentemente – com a própria vontade de sobreviver ao cargo de técnico. Sendo assim, admita: Assistir a SEP jogar, surpreende e desperta curiosidade – na pior das hipóteses – no mais exigente dos corneteiros.

Ainda acho – é claro! – que há espaço para um xerife – Eguren – à frente da linha de defesa. Alguém que marque território e distribua democraticamente os hematomas, pois estamos sendo surrados e a arbitragem teima fazer vistas grossas. Ademais, bola nos pés do “Mago”.

Assim sendo e prosseguindo nossa “Via-crúcis”, sábado à tarde teremos à nossa frente um adversário arrogante, que nos insufla o sangue nos olhos. Maldito seja o Sport (5’) nosso de cada dia!

Convidamos a torcida que canta e vibra a lotar o Estádio Municipal do Pacaembu e ajudar a empurrar a bola rumo às redes adversárias.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.