Por Catedral de Luz
30/06/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Embora procuremos e encontremos figuras entre os torcedores que primem pela falta de bom senso, ninguém é imbecil o bastante para entender o time alviverde como ruim.

Porém, não nos esqueçamos que a carência de lucidez influenciou no surgimento do vício contido no passionalismo, pois ao menor sinal do insucesso a palavra “contratar” serviu de alicerce a todos aqueles que não enxergaram as mudanças promovidas pelo Palmeiras, desde 2020.

Não faltaram exemplos à nossa frente dos erros cometidos pelos “coirmãos” quando o assunto foi planejamento. Entretanto pareceu que poucos aprenderam com tais atitudes, inclusive os nossos ilustres torcedores.

Vários rivais tropeçaram e persistem no gesto. Seria desespero? Afinal, a alternativa encontrada foi pedir jogador, pagar o que não tem e crescer uma dívida que teima acabar.

Um trabalho vitorioso, equilibrado e profissional é o contraponto esmeraldino, apesar do desrespeito promovido pelos palmeirenses que raciocinam com o fígado e que continuam a enxergar o futebol como um produto enraizado nas estratégias do Século XX.

Mas não precisamos de contratações? Sim, mas tudo a seu tempo. Da maneira que deve ser.

Enquanto os insatisfeitos roem suas unhas, por que não aproveitamos e curtimos a vitória frente ao “fantasma da altitude”? Até bem poucas semanas atrás o Bolívar era considerado a surpresa do Grupo C, mas jogar todos os jogos a mercê do ar rarefeito de La Paz é praticamente impossível.

A SEP jogando bem se impôs ao adversário e recuperou sua autoestima, após dois acidentes de percurso.

Todavia, quando o assunto é autoestima fica difícil crer que o Palmeiras possa a curto prazo perder sua força mental.

Acredito que retornamos a Matrix.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.