Por Catedral de Luz
18/05/2022

(Foto: Reprodução)

Amigo Conrado, tomei a liberdade de comentar uma de suas publicações no Twitter através desta coluna e compartilharei com os meus leitores. Afinal, a SEP é assunto que extrapola a particularidade.

Com a propriedade que lhe é peculiar, você comparou os números alcançados pelo time alviverde na longínqua temporada de 1972 e o time atual.

É provável que o público nos queime na fogueira inquisidora – pois concordo contigo –, mas os resultados caminham para a igualdade dos termos.

Considerada por historiadores de respeito – Mestres Jota e Ezequiel, por exemplo – como a “II Academia”, os números do time comandado dentro das quatro linhas pelo Maestro Ademir são indesmentíveis – 81 jogos, 50 V, 5 D e 26 E –.

Tempos de alto romantismo futebolístico acompanharam a SEP à época. A técnica era valorizada em detrimento da tática aplicada. Enfim, um marco para que possamos lembrá-lo em nostalgia, pois a vida esportiva segue rumo ao infinito transformando seus conceitos.

Chegamos aos dias atuais e nos debruçamos nos números, mais uma vez. Escrever o nome de mais alguns personagens nas linhas da História é o objetivo.

A SEP atual apresenta desempenho competitivo apreciável e apenas por economia limitamos nos adjetivos. São 32 jogos, 22 V, 2 D e 8 E – permita-me considerar empate na final do Mundial, pois computarei dentro dos 90 minutos de jogo –.

Sabe o que assusta, inclusive aos radicais? É o absurdo percentual alcançado pelo time de Abel Ferreira – 77% contra 72% da “II Academia” –.

Amigo Conrado, os números a cada jogo mudam e o ano de 2022 fez uma curta jornada até aqui (5 meses).

Todavia, parece que Veiga e outros vieram para ficar e o exigente público torcedor corre o risco implacável de perder a locomotiva da História e não curtir o momento.

Aproveitemos, amigo Conrado. Aproveitemos.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.