Por Catedral de Luz
01/06/2022

(Foto: Reprodução/Arte: PTD)

Território pertinente à Grécia, a Ática é a terra de onde surgiu Academo, personagem mitológico.

Após sua morte, Academo foi sepultado em Atenas, nos limites de um jardim sagrado, onde a escola filosófica platônica seria instituída, por volta do século IV aC e chamada de “Academia”.

Fluente e objetivo, mais de 2000 anos após, o time alviverde sob a batuta do maestro Abel Ferreira pede passagem e poderá perfeitamente gravar seu nome no universo dos grandes campeões palestrinos, concorrendo assim ao título de Academia – IV, por que não? –.

Obviamente, quando tudo parece consistente, os adjetivos tomam formas e o primeiro passo é evocar a palavra mágica – aqui, Academia –, onde os feitos aproximam-se do mítico e provocam a síntese de tudo quanto o sublime ilustra aos olhos humanos.

Para nós, palestrinos, Academia significa sinônimo de bom futebol. Porém, quando surgiu tal desígnio?

Mestres Jota e Ezequiel, dois dos maiores historiadores palestrinos citam a temporada de 1965 como ponto de partida da “I Academia”, depois de uma vitória frente o Vasco (4X1, 3a rodada do Torneiro Rio – SP), em pleno Maracanã. Tal resultado somado a outros de mesma monta culminaram com a conquista deste campeonato.

Ao longo do tempo, o termo Academia passou a caracterizar a SEP não só pelas vitórias e conquistas de taças, mas, também, pela qualidade técnica imposta aos adversários.

Assim sendo, apesar de intervalos cíclicos apresentados esporadicamente, a Academia sempre retornava. Foi assim com a “II Academia (1972 a 1974)” e “III Academia (1993/1994)”.

Conquistadora e plasticamente eficiente, para ser considerada uma Academia, além das características citadas era importante, também, marcar uma época. É por isso que o time de 1996 não leve tal primazia e resuma-se à maravilhosa campanha do Estadual.

Anacronismos à parte, há quem considere o conceito histórico da sequência de títulos, brilhantemente explicado a este colunista pelo não menos qualificado historiador, Fernando Galuppo.

Sendo assim, não é de se assustar quem proclame como Academia times da década de 30 e 50 – Século XX –. Afinal, as conquistas do Tricampeonato Estadual (1932/ 1933/ 1934) e das “5 Coroas” (o Mundial de 1951 entre elas) são dignos de tal lisonja.

Enfim, embora o termo Academia não seja propriedade alviverde, de certa forma nos pertence, de fato. A sociedade assim batizou nossos guerreiros que ungidos pelo destemor morreram líderes e nasceram campeões.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.