Motivos palmeirenses suficientemente plausíveis proíbem-me chamá-lo singelamente pelo apelido. Os mesmos que ensinaram-me a usar lealdade no lugar de fidelidade.

Contudo, apelido e lealdade à parte quero parabenizá-lo pela quarta vitória – e diga-se, campeonato difícil pouco permite aos concorrentes – .

Tudo começou em Goiás e lá nada seria aceito a não ser vencer.

Depois de retirarmos a “geladeira das costas” e derrubarmos um incômodo tabu, nada melhor do que enfrentar um decadente “Fluminense”, mais preocupado em trazer para as quatro linhas um passado glorioso e ignorar os problemas presentes.

Lubrificamos a máquina? Não. Quanto mais acertávamos, mais a cobrança aumentava. Pelo visto, torcida e imprensa não nos deixariam livres para pensar e planejar. Cada um agindo através de características próprias. Um deles conspirando pelo viés político e o outro fazendo do boato o alimento contumaz da crise.

Preço insano? Vá em frente e acostume-se. Aqui em “Nostro Palestra” céu e inferno assemelham-se pela intensidade. Sendo assim, comemore repetidamente a vitória frente o “Cruzeiro”.

Mas não nos debruçamos satisfeitos com a crescente “arribada”. O concorrente carioca subira o sarrafo e ganhar tornara-se lei. O imprevisível “Fortaleza” pedia passagem e não podíamos contar com o fracasso em nossos planos.

Ligações direitas pertenciam ao passado e a troca de passes uma exigência. Como exorcizar tais fantasmas?

Confesso que nos faltou objetividade, mas seria leviano de minha parte vislumbrar sincronia depois de poucos jogos realizados.

Entretanto, caro amigo, vontade e estrutura sobraram, mas para algo superior ainda nos falta contexto de time articulado.

Seria um recado, bilhete ou mensagem rápida. Acabou tornando-se carta. Espero que as palavras ajudem e transmitam confiança por parte deste esperançoso torcedor.

Desde já deixo um abraço e um pedido simplório: “Tire a concorrência da zona de conforto. Apenas assim teremos alguma chance”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira poesia perdidas.