Como explicar a queda de rendimento do até então imbatível Palmeiras depois da parada para a maldita Copa América?

Obviamente não se trata de apenas um fator: é uma complexa ligação de motivos que no final das contas pode criar uma hecatombe verde e branco.

Todos os anos quando se aproximam as datas de fechamento das janelas de transferência, o Palmeiras sofre com o assédio natural em cima dos atletas. As férias forçadas foram muito prejudiciais: estávamos embalados e o período de uma semana inativos deixou os “meninos” com mais tempo para ouvirem conversas paralelas e vislumbrarem montantes maiores de dinheiro.

A queda de rendimento de alguns jogadores é evidente, Gustavo Gomez, Bruno Henrique e Luan são exemplos de atletas que foram assediados durante esta janela e receberam propostas ditas “irrecusáveis”.

Outro fator não menos importante é que estávamos muito perto de atingir o ápice físico da temporada e a quebra de ritmo causou um retrocesso na condição de alguns atletas.

O William é uma espécie de amuleto, um jogador que todos os torcedores gostam, mas o seu retorno diretamente para a titularidade trouxe um desequilíbrio uma vez que visivelmente está muito fora de ritmo.

O que me assusta realmente é a falta de “pegada” do time, perdemos a maior parte das bolas disputadas, o time está correndo menos do que todos os adversários depois da parada.

Atualmente apenas o Felipe Melo e Ewerton estão bem, o restante do time sofre com um ou mais itens dos citados acima.

As contratações feitas foram baseadas em critérios técnicos e financeiros; gostei de todas, porém, não podemos esperar muita coisa do Ramirez e do Henrique: o primeiro por estar sem jogar uma partida oficial à mais de um ano e o segundo por ter voltado de uma grave contusão recentemente.

Vitor Hugo e Luis Adriano devem agregar muito em um curto prazo, foram ótimas contratações, mas eu francamente esperava um nome de mais impacto no mercado.

Sobre o derby, todos sabemos que o empate seria o resultado mais óbvio, no entanto mais uma vez saímos de campo com a sensação que poderíamos ter ganho se fôssemos um pouco mais incisivos.

Faltou pegada! Não acho que os protestos tenham tido influência direta no resultado, mas é óbvio que o time estava psicologicamente afetado na partida.

Não entendo como o time fazia faltas bobas perto da área o tempo todo dando chance para eles colocaram em prática a jogada mais forte, é inadmissível! Marcos Rocha voltou a ser totalmente disperso em campo, aliás a falta de rotatividade dos laterais está prejudicando o time; não sei se o Mayke e o Victor Luis estão treinando bem, mas o fato é que eles precisam jogar!

No ano passado o Felipão sempre jogava com um dos laterais mais defensivo e o outro mais ofensivo, este ano praticamente Diogo Barbosa e Marcos Rocha não saíram do time.

Felipe Melo foi mais uma vez o destaque da partida, o gol premiou aquele que é o cérebro e craque do time. Penso que o Felipão poderia colocá-lo avançado, jogando como meia, assim como ele jogou na Turquia.

O Felipão parece estar um pouco perdido dentro de sua teimosia, mas eu estou totalmente a favor do Bigode: tenho certeza de que logo ele acerta o time.

O empate acabou não sendo um resultado ruim para ninguém, mas a vitória poderia ter antecipado a nossa recuperação.

O Presidente Maurício Galiotte precisa se posicionar com relação aos protestos, a nota oficial emitida é bisonha: Neste momento precisa-se de energia, cadê a Leila para amenizar a situação? Não foi ela que posou de madrinha da Torcida Organizada? Não gosto de teorias da conspiração, mas não tem algo muito errado nisso?

Os protestos possuem cunho político, não é possível imaginar que o torcedor Palmeirense seria tão apedeuta a ponto de criar um fogo amigo em uma hora dessas, os lobos estão mostrando suas garras.

Maurício, Mattos e Leila precisam se posicionar, hoje apenas o Felipão está falando e apanhando de todos, para alegria da nossa política nefasta.

Um grande abraço!
Vitão