Por Catedral de Luz
30/01/2023

(Foto: Arte Palestrina)

Não me parece pecado contrariar um ponto de vista. Porém, o exagero está em achar que o contrário estabelece normas para o que é certo.

Ninguém é posseiro da verdade, mas na torcida palmeirense – uma fatia dela, diga-se – alguns intitulam-se “professores de Deus” – batizados assim por Abel Ferreira –, e tais cientistas sabem mais do que o próprio português – não como ponto de vista, mas como certeza de quem periodicamente viveu o problema em pauta.

Aí eu pergunto: Técnico para quê? Graças a Deus, os assuntos independem dos “Professores Pardais” e tudo vai pelo viés do processo estabelecido por um clube que pode não ser perfeito, mas descobriu uma forma adequada de trabalho, onde o salário é pago religiosamente, hoje virtude em terras tupiniquins.

— Todavia, nós precisamos de reforços, Catedral! Você não vê tal necessidade? – diria o torcedor “Hard” que lê minha coluna.

Claro que precisamos, amigo e exigente leitor, mas tudo a seu tempo. Acho até que o primeiro semestre de 2023 pode perfeitamente servir de laboratório, deixando a cargo do segundo semestre as contratações, quando os obstáculos forem reais. Entretanto, “cardíaco torcedor, isto é apenas meu ponto de vista e nada mais.

Aliás, antes que o mundo vire de ponta cabeça e nos faça passar em branco por mais uma conquista… QUE MAIÚSCULA VITÓRIA FRENTE AO TIME CARIOCA QUE TEIMA CHAMAR-NOS DE RIVAL.

Vários fatores nos permitiram mais uma conquista, entre eles o domínio cirúrgico que o técnico alviverde tem sobre seus atletas. Extrair deles tudo o que de melhor eles possuem, tanto tática como tecnicamente é uma dádiva.

Resumidamente, Abel Ferreira não desiste de ninguém – vide a conferência aplicada, horas antes do jogo (veja aqui). Claramente todos são importantes e tem relevância para o técnico alviverde – inclusive o impecável (ontem) Menino, tantas vezes criticado nesta coluna por ansiosos leitores. Um deles chamou este colunista de “otimista e irrealista”, quando entre outros citei o volante alviverde como reforço (leia aqui).

Lembro de Danilo… Lembro de Scarpa… Lembro da temporada de 2022 e concluo que o melhor time do Brasil não pode ser outro a não ser a SEP. Afinal, nós jogamos desfalcados deles e contrariando as expectativas, na maior parte do jogo fomos os melhores. Eu batizaria tal assertiva como “conceito de jogo”.

Através do conceito de jogo desenvolvido e adotado há três temporadas pela SEP eu destacaria 3 peças fundamentais na vitória deste final de semana. Com 3 estrelas eu elencaria o constante Marcos Luis Rocha; com 4 estrelas o polivalente Menino; e com 5 estrelas o não menos que brilhante Raphael Veiga.

Enfim, acho que chegou a hora de reavaliar conceitos, ouvir mais e ser menos corneteiro – sem nunca esquecer do crítico dentro de cada um.

O resto é verborragia de “filósofos poucas ideias”.

Abaixo apresentamos Raphael Veiga: “O nome do jogo, GALOPE PEREGRINO/PTD”.

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.