Por Tática Didática
18/11/2021

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O Palmeiras escalado por Abel Ferreira ontem para encarar o São Paulo no Choque-Rei gerou muita controvérsia. Com os 11 iniciais formado basicamente por jogadores considerados reservas, com exceção de Weverton e Marcos Rocha, o Alviverde foi amplamente superado pelo seu rival do Morumbi. Abel justificou a decisão pela sequência de jogos do campeonato, no sábado vai ao Ceará enfrentar o Fortaleza, na terça-feira recebe o Atlético-MG e no sábado a finalíssima da Libertadores. A verdade é que só saberemos se essa decisão terá valido a pena na noite do dia 27 de novembro, a depender da atuação do Verdão na final contra o Flamengo.

O que podemos fazer agora, entretanto, é analisar o que a equipe reserva apresentou no clássico dessa quarta. De início o jogo parecia promissor, com o Palmeiras utilizando bastante os lançamentos precisos de Weverton para encontrar os atacantes com liberdade e assim construir seu jogo. Na melhor oportunidade, Weverton encontrou bem Luiz Adriano, que escorou para Matheus Fernandes, de primeira o volante encontrou Breno Lopes pela direita totalmente livre para cruzar na área, porém nenhum jogador de verde conseguiu finalizar ao gol.

A partir daí o jogo muda de controle com o São Paulo marcando melhor as bolas longas do Palmeiras e fica mais com a posse de bola, aproveitando uma passividade muito grande do nosso time na marcação. Com liberdade, os jogadores do São Paulo tinham tempo de dominar e tocar a bola com facilidade, encontrando alguns espaços na nossa linha de defesa. Aos 24 do 1º tempo, em bola esticada pelo São Paulo no lado esquerdo, Renan de maneira atrapalhada perde o lance de cabeça e abre um espaço enorme na zaga, a bola sobra pra Gabriel Sara que limpa a marcação de Patrick de Paula e chuta bem para abrir o marcador.

Após o gol o Palmeiras se perde em campo e não sabe mais o que fazer com a bola, em um dos lances, o time totalmente bagunçado no ataque, com os jogadores amontoados na entrada da área. Sem alargar o campo e sem atacar o espaço, a movimentação de bola fica lenta e o Palmeiras nada produz até o final da primeira etapa.

Na segunda etapa o Palmeiras esboça uma reação e tentar se organizar melhor no ataque, em boa jogada aos 9 minutos, aproveitando boa movimentação de Matheus Fernandes, Patrick de Paula encontra Danilo livre dentro da área, porém ele não consegue finalizar bem ao gol. Aos 15 minutos, um banho de água fria, em mais um vacilo defensivo, dessa vez de Patrick de Paula, que falha bisonhamente na saída de bola, ela sobra para Luciano fazer o segundo gol do São Paulo.

Após o gol, Abel coloca os titulares do ataque, Rony, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa, e o time melhora, joga com mais intensidade e organização. Até consegue criar algumas jogadas de perigo, mas insuficiente para mudar o placar do jogo.

A questão que fica desse jogo pensando na final da Libertadores é caso o Palmeiras precise fazer alterações no ataque para mudar a partida, temos alguma opção viável capaz de transformar o jogo? Luiz Adriano e William não mostram a um bom tempo algo do positivo em campo, Breno Lopes e Deyverson são extremamente instáveis. Gabriel Veron que mudou o jogo contra o Atlético-MG na semifinal não produziu mais nada desde então. Resta a opção do Wesley, que subitamente deixou de ser umas das primeiras opções de Abel, mesmo sendo talvez o mais consistente desses todos citados.

Assista abaixo ao vídeo.

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