Por Catedral de Luz
27/08/2021

(Foto: Reprodução)

Partilhei a estrada de minha vida com vários personagens. Entre eles conheci céu e inferno.

Várias vezes recomecei. Perdi a conta dos capítulos em que provei intercaladamente os sabores do sucesso e do fracasso.

Porém, algo que sempre me acompanhou foi a “S.E.P.”

No papel alternado de consolador e algoz, o clube alviverde foi meu ópio durante todos esses anos e não sei identificar o motivo deste fascínio.

Nasci nos anos “60”, mas já era palmeirense no plano espiritual

Entretanto, de fato, eu passei a acompanhar o jogo a jogo apenas em 1970 e, pasmem, o primeiro título conquistado só veio em “1972”, quando participamos da “Copa do Atlântico”, frente a Boca Juniors e San Lorenzo (ambos de Buenos Aires, Argentina) e Peñarol (Montevidéu, Uruguai).

Tal disputa citada acima testemunhou o nascimento do que foi chamada depois da “II Academia”, sob a batuta do “Divino Ademir da Guia”.

Campanha digna do nome outorgado ao time alviverde – vide parágrafo posterior –, a “S.E.P.” terminou a disputa com “3” vitórias – duas sobre os “mirasoles (Club Atlético Peñarol, 2X0, 5X1, Montevidéu, fevereiro/1972)” e uma sobre o “xeneize (Club Atlético Boca Juniors, 1X0, Mar del Plata, fevereiro/ 1972) e invicto.

Adjetivar este time alviverde como inquestionável é chover no molhado. Aliás, mais uma prova da grande história que permeia a “S.E.P.”, construída através da veracidade dos fatos que pautam somente as atitudes dos grandes conquistadores, que pilham feitos e desfazem dúvidas, pois a verdade não possui proprietário e está acima dos homens.

A “Sociedade” conta “107” anos completados recentemente e eu a acompanho há “59”. Aquilo que não presenciei o tempo consolidou e armazenou nas entranhas da História.

Vida longa à “Sociedade”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.