Por Catedral de Luz
03/06/2022

(Foto: Reprodução)

Abaixo reproduzimos o texto inicial da coluna “GALOPE PEREGRINO”, publicado em 04/03/2013, com o título “ENTRE ATLAS E A ACADEMIA”.

Convivíamos com a realidade da Série B e nosso objetivo era ascendermos à Série A.

Sonhávamos com 2014 e nosso retorno triunfal. Centenário, Arena, time competitivo… Dignidade.

Apesar da legitimidade de nosso planos, os maiores obstáculos estavam dentro de casa, ao jugo de nossas incompatibilidades.

À época enxergávamos o mal, mas não conhecíamos a receita para conjurá-lo.

Embora alguns fantasmas continuem a assombrar, quer nos parecer que o profissionalismo do clube rumo ao futuro veio para ficar.

Desfrutemos do momento presente, mas não nos esqueçamos que a luta é cotidiana.

Baixar a guarda é absolutamente inadmissível. É uma desonra ao passado que tanto nos ensinou.

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ENTRE ATLAS E A ACADEMIA

Atlas era um titã condenado por Zeus a carregar o mundo às costas.

Embora a tarefa desperte dificuldades, mesmo para um ser nascido com poderes extraordinários, cada indivíduo precisa expurgar seus males.

Feito o titã Atlas, a SEP está condenada a carregar seu mundo às costas, em virtude dos erros cometidos anos a fio.

Não tenho dúvidas do sucesso, ao final da temporada de 2013. O que nos impõe determinado martírio é a ansiedade causada pela espera de 2014.

Ano do centenário esmeraldino, 2014 trará uma cara melhor àquela que um dia foi chamada de Academia.

A Arena será a cereja do bolo, mesmo que forças ocultas conspirem contra a arte de talhar aquilo que foi para aquilo que será.

Enfim, os nômades alviverdes têm prazo de validade. Nada melhor do que olharmos nos olhos adversários e sentirmos deles o respeito merecido.

Contudo, esse respeito adversário nasce em nosso lar, entre nossos pares.

É necessário materializarmos o espírito que veste o indiscutível manto sagrado, pois ao contrário a SEP será Atlas e até o fim dos tempos carregará seu mundo às costas.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.