Por Roberto Galluzzi Jr.
23/02/2023

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Recentemente o Cosme Rímole, conceituado jornalista, sintetizou o drama. Buscaram lá a imagem do Endrick com o colete no rosto, tampando seu descontentamento. Ora… todos nós esperamos ver o melhor do garoto, seu belo futebol, não é?

Então o Endrick jogava pela esquerda e o treinador colocou ele enfiado nos zagueiros, afinal, privilegiou (pasmem!) o time. Que absurdo, o time acima do jogador…. é por essas e outras que vivemos no império do individualismo.

Ora vejamos… quem já atuava pelos lados é o Dudu. Estaria certo o treinador deslocá-lo de sua posição para acomodar o promissor novato? Ou, seguindo a prudência e a lógica do TIME acima de todos, tentaria adaptar o jogador dentro do que o esquema do time pede? Afinal, com o Endrick rápido e driblador pelo meio, há chances para Dudu e Rony avançarem pelos lados, tocando para sua finalização.

O treinador está CERTO ao tentar que nosso jovem atacante se adapte ao esquema que o time precisa e não o contrário!!! Quero ver o Endrick enchendo meus olhos, partindo pra cima, driblando e fazendo os gols que o levaram a ser contratado pelo Real Madrid. Mas o que quero mesmo é ver o PALMEIRAS VENCENDO.

O que nos falta é paciência pra esperar o jogador se adaptar a uma posição que o time apresenta grande necessidade. Agora…. tudo tem um limite. Se a partir do segundo semestre o Endrick ainda não engrenar, que se mude o Dudu, o Veiga ou o Rony de posição, pra tentar aproveitá-lo melhor. Mas ainda sou convicto: hoje em dia um atacante de 80 milhões de euros NÃO PODE ficar limitado a uma faixa estreita do campo, tampouco ter medo de jogar entre zagueiros.

Nascido nos 70 e forjado nos difíceis anos 80, o Galluzzi enfrentou a fila inteira de 16 anos. Mas estava lá, em 12/06/93, in loco e muito loco pra assistir ao vivo o primeiro de muitos títulos, aos 21 anos! Talvez por isso, pra esse geração X raiz, roqueiro e paulistano da gema, não é qualquer derrota que abala a fé.

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