Por Catedral de Luz
18/12/2020

(Ilustração: Reprodução)

Não estou antecipando fases ou especulando sobre assuntos inapropriados para o momento. Falo do agora… imediatamente… já…, mas que não foram a termo.

O “Nacional” é agora e, confesso, não sei se posso sonhar com ele, tamanhas as dificuldades. Já discutimos sobre o assunto e posso garantir que abordá-lo mais uma vez será chover no molhado. Não estamos na ponta por erros estratégicos, de escolha de comando e conceitos empregados com o elenco. Então, por que não tratá-lo de forma “light”? A resposta é fácil, amigos alviverde. A “Sociedade” nunca aceitará algo inferior ao direito de lutar. Inclusive, pergunto eu, alguém sobra com folga no campeonato?

Pois é, nós estamos pelas mãos das equipes administrativa e técnica do clube. Mais do que meros torcedores ao redor das quatro linhas, eles cuidam dos interesses de uma bandeira que conta mais de “100” anos.

Mesmo assim, ilustres leitores, escolhas resultam ações e reações em cadeia. Uma mesa constituída pelas mais variadas apostas, onde a certeza se dilui e o resultado satisfatório é o único que merece lembrança.

Talvez a frase “deixe o rio seguir seu curso” seja sinônimo de desleixo, mas raciocinar a disputa com metodologia, onde vencer em casa e empatar fora, computando em média a soma de quatro pontos por litigante, provavelmente seja a saída apropriada.

Imaginemos assim, vitória em casa e empate fora. Chegaríamos a “66” pontos, com 17 V, 5 D e 15 empates. Seria o suficiente para incomodar a concorrência? Acho improvável. Alguns coelhos da cartola deveriam sair. Talvez transformar empates programados em “Recife”, “Fortaleza” e “Curitiba” em vitórias, perfeitamente possíveis, elevariam o número de pontos para “72”.

Conjecturas, amigos, conjecturas. Algo que o livro intitulado “O Pequeno Príncipe” entenderia como “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. E o preço pago pela insistência foi alto. Levou-nos à corrida contra o tempo. E ninguém melhor que a “S.E.P.” sabe o quanto correr errado é prejudicial.

Guardemos nossas energias para torneios tangíveis? Como lidar com o certo e o duvidoso? Como não iludir o torcedor alviverde e fazê-lo enxergar que o processo demanda tempo e provavelmente fiquemos próximos, limítrofes, mas não lá?

Todavia, a vida e o oxigênio nasceram compartilhados e, portanto, o abstrato sentimento da esperança pode pedir passagem.

Temos o direito adquirido de sonhar e, certamente, chegaremos o mais próximo possível do objetivo. Confiança não nos falta e ela permite que enxerguemos além.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.