Por Catedral de Luz
27/11/2020

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Amigos, não é de hoje que procuro não ser escravo das próprias palavras. Afirmar aquilo que negarei posteriormente só me faz digno das desconfianças dos leitores. Prefiro que uma ideia contrária convença-me e confirme que eu não sou senhor da verdade.

“Emerson” foi uma das últimas teorias reformuladas por este colunista, graças a Deus e a ele próprio. Como ele, inúmeros outros jogadores vem renascendo das cinzas das convicções de vários palmeirenses que se recusam a aceitar que um desafeto pode mudar seu destino.

Quantas oportunidades o ilustre palestrino não criou para realizar “vodum – grafia correta –” com as camisas dos três articuladores pela esquerda, da “S.E.P.”?

Pois é, eu mesmo desconfiei que eles não fossem capazes de demonstrar o inverso e sucumbissem ao som das cornetas ensurdecedoras, mas “Lucas Lima”, “Scarpa” e “Raphael Veiga” provaram que sabem jogar, embora alguns de cá e de lá ainda suspeitem que tudo isso é fruto de um interminável pesadelo.

Mas as surpresas não param nesses três atletas. O que dizer de “Zé Rafael”, agora imprescindível às nossas necessidades? O “Gajo Abel” enfatizou em sua última entrevista que o “N’ 8” alviverde em breve receberá uma oportunidade no “Selecionado Brasileiro”. Nada mal para quem fez parte da lista de sucatas.

Os nomes não param de ser mencionados, embora alguns, tais como “Rocha” e “Ramires”, volta e meia retornem ao cadafalso. Entretanto, não podemos assustar com tal atitude. Afinal, “Patrick” e “Veron” foram ignorados e chamados de baladeiros.

Resumindo a ópera, quando contarmos com todos os nomes impedidos por essa maldita pandemia, bem como aqueles que se machucaram, eu ouso conferir um status melhor às possibilidades da “S.E.P.”

Aliás, deixo aqui um recado àqueles que praguejam fragilidade dos adversários enfrentados: “Tudo a seu tempo”. As conquistas passam meus menos competitivos e alcançam a fina-flor inimiga. Não faz tanto tempo assim que o grau de dificuldades do time alviverde esbarrava em competidores esforçados, nada mais que isso.

Que o episódio de “Manta” traga comprometimento entre elenco e galera. Precisamos.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.