Por Catedral de Luz
28/01/2022
A intolerância cresce a cada dia, apesar dos homens terem o direito de defesa de seus pontos de vista. Coisa do determinismo chamado “maioria”. Até parece que ser maioria implica na escolha certa.
Embora o futebol não seja arcabouço de lucidez, o exagero vivido pelo passionalismo do torcedor alviverde é explícito e extrapola os limites permitidos.
A imprensa – lembra dela? – não é mais o nosso problema. Sua forma e conteúdo tornaram-se similares a caricaturas da verdade, patéticas e próximas de sombrias lembranças da inteligência jornalística. A frase criada pelo amigo Massini, embora verdadeira, está em desuso. Afinal, o nicho a ser conquistado é aquele que prefere o circo à análise crítica dos fatos.
E a Mídia Palestrina? Como fica nesse imbróglio? Nasceu para desconstruir o noticiário tendencioso e acabou sendo algoz de si próprio. Porque quando não sabe a verdade impõe a mentira ou seu ponto de vista travestido de certeza.
Teve Influenciador que alimentou internautas alienados com áudios inverossímeis, como exemplos do décimo primeiro mandamento, embora informar o palmeirense nunca seja o seu interesse principal.
Assustado? Capazes de muito mais, eles – os influenciadores – foram alicerces para campanhas inacreditáveis, do tipo “Fora Abel”. Engraçado que quando o “Gajo” virou o jogo foram os primeiros a bravatear elogios – não por meritocracia, mas por temer a solitude e ficar a ver navios.
Não há outro paradigma que os defina – sim, os influenciadores –, a não ser o “desvio de caráter”, como se o alviverde fosse “gado de corte (aqui abro um singelo parêntese em sua defesa, caro espectador e palestrino, pois seu raciocínio tem o direito inalienável a escolher o que entra pelos ouvidos).
Falo sobre esses aspectos há mais de dez anos e não vou descansar enquanto este câncer verborrágico persistir.
Era o momento do torcedor curtir cada conquista como única. Porém, ele é fomentado pela pandemia do mal pensar e que permite ruminar intolerância.
Até quando, palestrino?
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.