Por Catedral de Luz
17/06/2022

(Foto: Reprodução)

Mais um texto do “GALOPE PEREGRINO” sendo reproduzido.

Originariamente publicado em 18/03/2013, “PROSA E MAGIA” fala do exagero crítico estabelecido pelo torcedor contra a figura do ídolo.

À época tudo respirava excessos, pois a fase inspirava cuidados e buscava por mudanças.

Anos após, quase uma década, e alguns vícios sobrevivem.

Continuamos os mesmos, aprendemos ou julgamos com rigor?

A resposta é clara: Compreendemos apenas os nossos erros.

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PROSA E MAGIA

Pablo Neruda nasceu e morreu poeta, viveu o amor intensamente e alimentou a esperança por um dia melhor.

Para Neruda, as melhores perspectivas vibram por intermédio de um mago e a arte de fazer magia. (“Viva hoje! Faça hoje! Não se deixe morrer lentamente”).

Pieguice? Não!

Peça magia a quem pode oferecer magia. Peça comprometimento, mas dê conforto ao dia seguinte do guerreiro.

Ídolos nascem para a longevidade – às vezes perecem precocemente, motivados pela intolerância, pressa e juízo de valor, baseados no ouvi dizer.

Ídolos nascem para conquistar títulos – e os títulos do Estadual (2008) e Copa do Brasil (2012) exemplificam aquele que não pode ser vulgarizado. (“Amar é breve, esquecer é demorado”).

Não leve ao cadafalso o homem que um dia fez a alegria alviverde. Pela ingrata cultura predatória, a torcida pune mediante o escárnio aquele que ousou amar a SEP.

O excesso fomenta a ausência de histórias que possam ser escritas e contadas a nossos filhos.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.