Por Catedral de Luz
23/07/2021
Esse negócio de entrada de público em partida de “Copa Libertadores”, em plena pandemia, não soa bem. Cada cidade tem um protocolo e alguns concorrentes ficam a ver navios, enquanto outros… Ou favorecemos todos ou ninguém. Isonomia já!
Entretanto, eu olho metaforicamente para as arquibancadas (velhos tempos) e ouço a concorrência falando alto: – É guerra! Vale tudo! Até virar jacaré!
Porém, até repteis das mais longínquas imediações concordaram que o time alviverde jogou uma de suas melhores partidas sob o comando irascível de “Abel Ferreira”. E não faltou repertório, substantivo cobrado exaustivamente pela imprensa junto ao “mais italiano entre os portugueses”.
Meses depois de sua estreia no comando técnico e tático da “S.E.P.” o “Gajo” consegue instaurar durante toda uma partida “o jogo posicional” que tanto alardeou, rompendo as linhas inimigas por intermédio de uma interatividade convincente e competente de seu time.
Aliás, por falar em “imprensa”, ela que por bravatas tanto critica o “modus operandi” dos treinadores, durante toda uma temporada, passou da hora de “calçar as sandálias da humildade” e perceber que a forma de perguntar em entrevista coletiva estacionou na “Era Paleozoica”. Além, é claro, das perguntas enviesadas para personagens pelos quais eles não nutrem uma certa simpatia.
É verdade! Aos queridos a massagem, aos desafetos a câmara de gás. Nem sempre aquele que pede parabéns quer as palmas. Na verdade, ele clama pela pergunta com conteúdo, falando do jogo, dos acertos e erros e, aí sim, o futuro e o folclore que embala o futebol.
E por falar em futebol… Ontem, um título completou “70” anos, coberto de resenhas e polêmicas intermináveis. Entretanto, cabe ao torcedor alviverde esquecer o entorno e valorizar sua maior conquista, pois quem disputou e sangrou por “1951” sabe o quanto lutou para torná-la possível.
Nunca esqueçam, ilustres leitores, essa polêmica alimenta o folclore do futebol, onde a verdade é única e passa ao largo das mentes tendenciosas que militam atrás dos microfones.
Já dizia “Orwell”: “A História é escrita pelos vencedores”. Sendo assim, a “Copa Rio” ou o “Torneio Internacional de Clube Campeões” receberam a chancela da “S.E.P.”
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.