Por Catedral de Luz
25/03/2024

Catedral de Luz PTD
(Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Para que serve uma semana vazia, além de gerar polêmicas? Principalmente quando o assunto em voga lida com estupro, preconceito e corporativismo, pois o futebol é nicho atrelado a alguns critérios seculares e movidos a hipocrisia pura.

Presidente da SEP, Leila Pereira atreveu-se a encarar uma sociedade arcaica e teceu comentários sobre as decisões judiciais movidas contra dois jogadores (ex-atletas, na verdade) e não vou citá-los nominalmente porque não merecem tal lisonja.

É claro que tais declarações ferem o machismo encontrado nos corredores da CBF e impõe ao Senhores Dorival e Ednaldo, técnico e presidente, respectivamente, manifestações contundentes, mas nem sempre embebidas na verdade, pois o protocolo não macula os nomes envolvidos. Ambos falaram e não acrescentaram nada – o fantasma do corporativismo assusta todos os dias quem lá está.

Palmas a quem merece, independente do gosto que você tenha pela interlocutora. Neste caso, especificamente, Leila Pereira está certa, 150%.

E por falar em certeza, Endrick é a bola da vez. Parece inevitável que o “menino palestrino” tenha um futuro brilhante. Cabe à SEP usufruir deste talento até o momento final.

Na carreira de Endrick tudo trilhou por desfiladeiros prematuros e após Jesus, saudoso camisa 33, ninguém foi descoberto com tamanha categoria. Espero que o trabalho de garimpar novas estrelas continue. Basta que a pressa seja ignorada.

O que não ignoraremos é a volta do time alviverde ao solo sagrado do Allianz.

Jogar no antigo “Jardim Suspenso” é contar com a magia e a certeza do ambiente emocional a nosso favor. Afinal, se o inferno existe é la que os pecadores pagam suas penas.

Chegou a hora, Palmeiras!

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.