Por Catedral de Luz
29/03/2021

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Metáforas à parte, é assim que me permito parear as forças no futebol de 2021, embora os nossos ilustres torcedores – na verdade, os mais irados, é claro – entendam que o rebaixamento bate à porta.

Bipolar é a palavra que melhor expressa o torcedor alviverde. Há menos de um mês do título da “Copa do Brasil” e os adjetivos começaram a empilhar sobre a mesa da diretoria e muito do que os homens que comandam o futebol alviverde fazem, nós, pobres mortais, não sabemos. Não é melhor desta forma? Pois quem vive de disse me disse não sabe distinguir mentira e verdade.

Mas a conversa não vai por esta estrada.

Temos um time com a cara do treinador e isso já nos permite sair à frente de inúmeros concorrentes. “Abel Ferreira” dispensa comentários e a tendência é o “onze esmeraldino” crescer do ponto de visto tático.

– Catedral, e as contratações? – diria o leitor exacerbado. Acalmem-se, uma a uma elas serão apresentadas. Não esperem quantidades, mas qualidades combinadas com opções.

– Catedral, “Ademir” será o nível das contratações? – diria o já impaciente leitor. Erro de conceito, caros amigos. “Breno Lopes” que o diga. Deixemos de lado os nomes próprios e procuremos o encaixe das peças que compõem o elenco.

“Abel Ferreira” deu a letra: “Deixei algumas alternativas. Sendo viáveis, ótimo. Entretanto, não vou desequilibrar as contas. Prefiro que os jogadores e funcionários continuem a receber seus salários”.

Tenho certeza que o leitor do “Galope Peregrino” não vê a hora de me xingar, mas desde já eu afirmo que não sou um passa pano.

Não conheço a presidência e não quero cargo político. Na verdade sou um palmeirense de entorno das quatro linhas e por lá quero ficar. No máximo quero continuar a escrever no “PTD” e dialogar com a torcida que me prestigia nesta coluna.

Pode até ser que mais um ou dois jogadores cheguem e reforcem o elenco até o início da “Recopa Sul-Americana”, embora eu não afirme categoricamente. Mais uma vez, o técnico alviverde dá pistas para a coletividade: “Quero trabalhar com três atletas por posição, sendo o terceiro vindo das categorias de base”. Ou seja, amigos, se alguém sair, alguém chegará.

Não partiremos do zero, enquanto os outros… Alguns apostando suas últimas fichas e outros apostando no mais genuíno desespero.

Enfim, onde não há planejamento a temporada é passageira.

E você, o que pensa de 2021? Otimista?

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.