Por Catedral de Luz
10/12/2021

(Fotos: Reprodução)

Informam-nos os estudiosos das sabedorias populares que “desculpa de pescador é minhoca”.

Assim sendo e fazendo a analogia pertinente “ninguém perde e reconhece a superioridade adversária – principalmente quando o vencedor responde pelo nome de SEP.

Frequentemente a soberba do “mau perdedor” tem julgado o acaso como responsável pelo insucesso – agora travestido de fenômeno natural, o vento.

Eu acho uma bobagem, mas o mal da vergonha do dia seguinte é um prato que se come frio quando precedido pela bravata.

Só nos resta invadir a pista e bailar. Dançar ao ritmo do banquete dos mendigos e aproveitar-se da imagem onírica do vento – ou seria Davi derrubando Golias?

Acredite, mas o personagem epigrafado acima já nos demonstrou lealdade, alguns anos atrás, no velho e lendário Palestra Itália.

Final de maio de 1999. Outono marcado por um embate tradicional envolvendo paulistas e cariocas. Palmeiras versus Eles – os mesmos figurantes de dois sábados atrás.

O empate bastava à concorrência, embora restassem aproximadamente cinco minutos para o término do jogo, mas tínhamos “o filho do vento” em nossas fileiras – e como nos ensina a “Flapress”: “Coisa de profissional”

Um duro golpe à empáfia guanabarina. Dois gols de cabeça e uma enxaqueca daquelas que nem JJ e sua arrogância impediriam.

Um dia após o outro, uma noite no meio e continuamos comemorando. Merecemos.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.