Por Catedral de Luz
29/07/2022

(Foto: Reprodução)

Revisitamos aqui mais um texto publicado pela parceria PTD/ GALOPE PEREGRINO, datado de 15/04/2013.

“Imortais” relata a luta insana travada pelo Palmeiras em busca da dignidade perdida, na maior parte feita à base do suor derramado, ao invés do fator inspirador.

Sempre que releio “Imortais” percebo o quanto fomos premiados pelo destino com as conquistas das últimas 3 temporadas. Infelizmente, os mais exigentes não tem o costume de voltar-se para a retaguarda e por um átimo de tempo observar o passado.

IMORTAIS

Mais de 100 anos e o episódio do Titanic continua na lembrança da sociedade mundial.

Cento e um anos após o seu naufrágio – abril/1912 –, o Titanic resgata a identidade de seus supostos algozes e oferece a eles um descaso compatível com a realidade dos fatos.

Não vamos nos estender – não é esse o nosso objetivo –, mas o Titanic afundou e a responsabilidade – real – residiu na força que a natureza produziu diante do homem.

Porém, ao contrário do Titanic, outras embarcações afundaram e preferiram – por intermédio de seus tripulantes – esquecer tais acontecimentos. Quanto aos passageiros… Coube aos seus familiares apaixonados contarem seus mortos e prejuízos.

Contudo, no futebol, ao contrário do cotidiano da comunidade mundial, a morte se permitiu negar e a vida ressurgiu com intensidade. E os homens palestrinos, trajando verde e branco, responderam às suplicas do povo nascido nas terras altas – estruturas de cimento armado – e trouxeram de volta o orgulho de ser esmeraldino.

Mas quanto tempo a SEP resistirá ao ataque inimigo e transformará água em vinho? Quanto tempo resistirá o sangue alviverde nos olhos? Quanto tempo a coragem de nossos guerreiros de chuteiras manterá a faca entre os dentes?

Pouco importa, amigo torcedor, se a vitória nascerá a fórceps ou será fruto de parto normal. Importa-nos, sim, que o respeito alheio seja reconquistado.

Perceberam que o termo “mediocridade” deixou de ser utilizado? Hoje, a despeito do sofismo, ouvimos diariamente sobre o heroísmo palmeirense.

Entretanto, a etimologia da palavra é clara. Ouça “mediocridade” e entenda como algo “mediano”. Eu prefiro que seja assim.

Prefiro que os nossos jogadores sejam coadjuvantes, desapercebidos e aos olhos marejados da SEP, um “exército de competência”. Imortais!

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.