Por Catedral de Luz
05/05/2021
Heróis não nascem ocasionalmente. Forjados na persistência, eles acreditam que é possível conquistar, dando sentido ao dia a dia.
Grandes homens e guerreiros, os heróis carregam cicatrizes que eles mesmos exibem como troféus, ao longo de suas vidas.
Por falar em guerreiros, cicatrizes e troféus, nada melhor do que os jogadores de futebol para explicar as simbologias contidas nesta frase.
É fato, ilustres leitores, a torcida ama os atletas que sangram dentro das quatro linhas, como se cada um deles estivesse a lutar por um prato de comida.
No “Palmeiras” é mais ou menos assim. Na verdade, bem mais do que menos.
Enfim, aqui, desde “1914”, os heróis dificilmente sobrevivem a dois jogos consecutivos. Pelo menos quando o próximo embate vale título e for precedido por uma conquista – alguém lembrou de Libertadores, Copa do Brasil, Supercopa e o que mais vier – Recopa, talvez –?
A “S.E.P.” não é um clube que cultiva e propaga a unanimidade. Anos-luz à frente da concorrência, “Ademir”, por exemplo, o maior camisa dez da história palestrina, já conviveu com o inferno do “Jardim Suspenso” e a ira da “Turma do Amendoim”.
Ingratos? Não! Apenas torcedores! Como em qualquer lugar – “Manchester” que o diga, no final de semana passado –
Todavia, bem que poderia ser diferente, depois de dois títulos, “21 jogos”, “16” vitórias e um técnico que completou recentemente “6” meses de trabalho.
Resultado para poucos e que muitos não percebem.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.