Por Catedral de Luz
11/11/2022

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Revisitamos mais um texto publicado pela parceria “PTD/ GALOPE PEREGRINO”, datado de 05/08/2013.

“DEPOIS DE ADEMIR” especula os melhores jogadores envergando a camisa 10 da SEP depois dele, o “Divino Mestre”.

À época vivíamos tempos difíceis, mas nunca nos furtaríamos de louvar o nosso passado. Como arquitetar o futuro se o nosso passado não é respeitado?

Ao eliminarmos o “ontem” da memória perdemos a “identidade”.

DEPOIS DE ADEMIR

Depois de 2 anos e meio de conflitos promovidos por gente equivocada e pautada em desconhecimento de causa absoluto, quero confiar que acertamos na escolha de nossos condutores. A vergonha – sentimento cotidiano de um passado que não pode ser repetido – está acorrentada na masmorra de nosso inconsciente à espera de uma SEP forte e conquistadora.

Hoje podemos pensar no futebol como algo divertido, onde a expectativa pelo próximo jogo é constante. Ela permite o direito de especular.

Depois de Ademir, “Divino Mestre” de uma Academia que ocasionalmente teima ressurgir, quais foram os nossos três maiores exemplos de camisa 10? Cada um tem seus artistas preferidos e isso permite rodas de conversa intermináveis, às custas de boa e velha cerveja. Com a licença de todos cometerei a heresia de apresentar os meus: “Djalma, Alex e Valdivia”.

Djalma encerrou a carreira, mas o espetáculo continua na mente palmeirense, Domínio de bola, dribles, passes e lançamentos eram algumas de suas virtudes. Tempos atrás declarou que o clube de Palestra Itália foi a melhor equipe pela qual atuou – 95 jogos, 45 gols, 1 título conquistado; nunca perdeu uma penalidade máxima defendendo as cores esmeraldinas –.

Alex continua desfilando suas qualidades pelos estádios brasileiros, quiçá mundiais. Contudo, boa parte da coletividade alviverde entende que depois dele será difícil encontrar outro – 245 jogos, 78 gols anotados, 4 títulos conquistados –.

Valdivia é o presente, talvez o futuro de um centenário esperado com ansiedade. É a própria passionalidade expressada pelo torcedor, presente na forma de entender e curtir futebol – 190 jogos, 36 gols anotados, 2 títulos conquistados.

Enfim façam a escolha que melhor aprouver. Elas podem divergir, mas não mentem.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.