Por Catedral de Luz
24/01/2022

(Foto: Roberto Zacarias)

Final de semana verde, como a torcida deseja e curte.

Vitórias no Sub-20 e no profissional. Orgulho na ponta da chuteira, onde a boa fase nunca põe termos definitivos. Aí está o verdadeiro sentido da palavra grandeza. Enfim, Zé Roberto estava certo.

Porém – e sempre há um porém – não há vitória que valha o valor da vida humana.

Imagine um sistema de defesa atento às jogadas do ataque adversário, a bola rondando a área e o erro preparado para levar qualquer jogador ao cadafalso. Tudo inserido no contexto do futebol.

Não bastasse a responsabilidade competitiva e agora respira atrás de si, nas estruturas de cimento armado, um contingente torcendo contra e preparado para agir por intermédio de um pseudopassionalismo, a ferro e a fogo.

Nada separa os atletas dos torcedores. É provável que apenas o apito final coloque termos à imagem.

Haja profissionalismo, haja coragem, haja amor à própria vida.

Foi assim que projetei as lembranças, como se o ano mágico de 42 viesse a tona.

Mas o ano vivido é 2022, Século XXI, embora o caráter de não fugir da guerra continua característico. Como diria Abel Ferreira, os “miúdos” tem valor.

Premiado pelo heroísmo, o time alviverde está nas finais. Mais um tabu pode cair.

Depois dos episódios assistidos, onde a SEP foi a inocente – única, diga-se – o ato de furtar do torcedor palestrino do direito de incentivar seus miúdos é apenas estender o crime cometido.

Bom senso acima de tudo, mas passando pela isonomia.

De olho na faca, pois ela ainda pode sangrar.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.