Por Catedral de Luz
16/11/2020

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Como explicar, ilustre leitor, a mudança de comportamento de um elenco condenado ao esquecimento?

Talvez um “Técnico” tenha o que esclarecer, ou talvez dois. Certo mesmo é que para alcançar sucesso, um deles deve convencer os jogadores de que o estratégico é confiável.
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Aquele que foi, a raiz, o instinto, a soberba… parou no tempo e achou que o passado lhe conceberia imunidade. Agradecemos-lhe pelas conquistas, divisas que o tempo imortalizará mas elas não nos satisfazem definitivamente, pois vivemos e respiramos novas glórias à frente, talvez por mãos que permitam ao time alviverde a possibilidade de transformar o futebol em ciência.

“Luxemburgo” partiu e abriu margem para “Abel” apresentar o futuro ao torcedor alviverde. Porém, essa metamorfose nada mais é do que o retorno às nossas origens, por intermédio da Península Ibérica. Primavera, pá.

Ninguém pode julgar-se maior do que o elenco montado por um clube. Valorosos, sim. Medíocres, jamais. Bastou apenas um ilustre português enxergar alguns proscritos à luz do bom senso e chamá-los de diferenciados – top, não é mesmo? -.

Perceba você que o habilidoso “Raphael Veiga” qualifica mais e melhor a meia cancha a despeito das suspeitas anos a fio. Entretanto, ele é apenas a cereja do bolo. Hoje foi o número “23”, ontem foi “Scarpa” e amanhã será alguém que ousou romper as incertezas da mente do torcedor.

A grande sacada de “Abel” foi esclarecer os inviáveis importantes de que o time depende do algo mais de cada um deles.

Somos uma família, ao estilo paternalista de um dos “chefes” que tanto influenciaram nosso aspecto competitivo ou nos tornamos irmandade, conforme a idade e ideologia do “Gajo”? Somos, sim, aquilo que gira o mundo e expõe ao espectador que os valores têm que mudar.

A despeito de tamanhas pandemias que tanto tornam o próximo episódio imprevisível é bom deixar claro: “Alto lá, pois daremos trabalho”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.