Por Catedral de Luz
16/03/2022
Acho sadio discutir futebol, sistemas de jogo, estratégias e competências.
Enquanto o mundo gira, as formas de se chegar ao gol adversário diversificam-se e provam de modo objetivo que é necessário aperfeiçoar-se para encontrar o caminho das vitórias.
Dentro das quatro linhas quem manda é a disciplina tática, o espírito de grupo e a confiança mútua entre comandante e comandados.
Todavia, a chave mestra do espetáculo está sob a tutela dos narradores do evento. Aqueles que pelo microfone ou notebooks tecem as tramas do acontecimento e para tal é fundamental a verdade.
Quando falamos em verdade, não estabelecemos proprietário ou propriedade. Ou seja, a verdade é.
Hipócritas são aqueles que ultrapassam as fronteiras da análise factual. Quem interpreta o jogo de forma tendenciosa claramente esqueceu o propósito inicial de sua presença como testemunha.
Basta uma dose singela de bom senso para envergonhar-se com certas atitudes manifestadas pela imprensa nos últimos dias ao analisar o técnico Abel Ferreira. Esqueceram-se do profissional e focaram no homem, de forma amarga e pessoal. Deixa-nos inclusive com uma dúvida: Será ele o alvo principal ou a SEP? Criatura ou criador?
Até quando o cronista esportivo interpretará “o intocável”?
Ao enxergarmos nossa ignorância começamos a evoluir. Aliás, já passou da hora.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.