Por Catedral de Luz
24/06/2022

(Fotos: Divulgação)

Mais um texto do “GALOPE PEREGRINO” sendo reproduzido.

Originariamente publicado em 25/03/2013, “1959” fala de um time cabisbaixo e que busca motivos para seguir adiante através do exemplo dado pelos heróis do supercampeonato.

Alheio ao resultado aferido no “Choque Rei”, capítulos como esse – 2013 – servem para erguermos as mãos ao céu e agradecermos a boa fase.

Sofremos adversidades causadas por erros e limitações momentâneas, agora fatias de um passado, mas que não pode ser ignorado. Ao contrário, ele deve ensinar a cada alviverde, todos os dias.

1959

O final da década de 50 apresentou eventos que marcaram a sociedade mundial e brasileira.

Fidel Alejandro Castro Ruz é nomeado Primeiro-Ministro de Cuba. O filme Ben-Hur é lançado nos cinemas e a TV Piratini inicia as suas atividades. Entretanto, coube a Juscelino Kubitschek de Oliveira o tiro de misericórdia, ao decretar a moratória junto ao Fundo Monetário Internacional.

Mas as notícias não paravam e agora alcançavam o futebol. O Estadual de 1959 seria decidido em uma melhor de 3 jogos. A SEP era um dos candidatos ao título e seu adversário viria do litoral.

Depois de 2 jogos empatados, o terceiro e último prometia um término de campeonato sensacional e certamente a SEP seria um dos personagens principais.

A equipe litorânea tinha Pelé, mas o alviverde era puro entrosamento e objetividade. Sabia atacar quando o adversário acusava traços de fragilidade. Não foi surpresa Romero decretar o destino final.

Anos após o último título estadual, a abstinência era coisa do passado. A SEP voltava a comemorar. Era a máxima de 1942 ressurgindo aos olhos de seus admiradores.

Aprendemos com as dificuldades que não há obstáculos que não possam ser ultrapassados, talvez por nosso absoluto senso crítico acusar que o perfeito não é invencível.

O espírito heroico de 59 parece voltar e reencarnar nos voluntariosos jogadores que militam em nossas linhas.

Mesmo que derrotados, sempre guardamos a esperança por um dia melhor, sintomatologia própria do palmeirense.

Voltaremos a ser grandes, independente do placar final! Está no código genético deste clube.

Pois: “Quanto mais ofendido mais motivado à luta. Quanto mais levado ao suplício mais sobrevivente”.

O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.