Por Eduardo Luiz
18/06/2021, 00h47
Cobrança recorrente da torcida e da comissão técnica, a qualificação do elenco para a temporada 2021 foi o principal tema de uma entrevista que o presidente Maurício Galiotte concedeu à Rádio 9 de Julho na quarta-feira. Alegando dificuldades financeiras e responsabilidade com o futuro do clube, o mandatário Palmeirense explicou o motivo de não ter ido ao mercado – apenas o volante Danilo Barbosa foi contratado.
“Precisamos de responsabilidade financeira, o gestor precisa ser responsável. Eu também sou torcedor, quero um time imbatível também. Mas temos de ter equilíbrio. O gestor é torcedor. O torcedor não necessariamente é gestor, ele quer ganhar. Nós também, mas temos de ter ponderação. Ainda estamos atravessando um momento delicado, de pandemia. O Allianz Parque está fechado, caíram Avanti e o número de sócios no clube, o que é natural pelas dificuldades” iniciou.
“Temos um grupo ainda de qualidade, o mesmo que conquistou títulos na temporada passada. Temos de pensar em melhorar, em algo mais. Em ter sempre um time melhor do que o de hoje. Faltam seis meses para acabar meu mandato. Sair contratando seria irresponsável de minha parte” completou o presidente.
Em seguida, Galiotte explicou o processo do clube para ir ao mercado, o que acontece apenas se a base não supre a necessidade apontada pela comissão técnica: “Contratar não é tão simples. Precisamos de algumas avaliações. Primeiro temos de entender onde está a carência. Depois desta análise, vemos se nas categorias de base temos jogadores para atender a demanda. Então vamos ao mercado e aí precisamos de muita responsabilidade. Vocês veem exemplos de vários clubes no Brasil que acabam fazendo coisas em termos de investimento e comprometem o clube por vários anos”.
Pregando responsabilidade financeira, o presidente concluiu citando a dívida que herdou da contratação de Wesley: “Estou pagando ao Angeloni, estava em R$ 60 milhões, fizemos um acordo para R$ 48 milhões. Eu poderia contratar com este dinheiro? Poderia, mas tenho compromisso. Isto vem de 2012. Agora tem que pagar, alguém ia pagar em algum momento. Ninguém levantou a mão. É do clube. O Palmeiras é eterno, temos de ter equilíbrio, responsabilidade e saber o que estamos fazendo”.
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