Por Eduardo Luiz
14/12/2020, 15h57

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

A procuradoria do STJD tentou, mas não conseguiu punir Felipe Melo por uma suposta “chave de braço” que o volante teria dado em Léo Matos na partida que o Palmeiras disputou contra o Vasco no dia 8/11, em São Januário.

O Subprocurador-geral Michel Sader sustentou a denúncia enquadrada no artigo 254-A do CBJD (Praticar agressão física), que previa um gancho de 4 a 12 partidas ao volante – e para isso recorreu a relatos de lutadores de MMA, mas não encontrou amparo legal para convencer a comissão julgadora.

“Esse caso, conforme ampla reportagem juntadas na denúncia, tiveram vários atletas do MMA que falaram claramente que é um golpe de chave de braço de defesa. Entendo que revendo as imagens que a mão dele força a chave é nítido que houve agressão física e não resultou em algo pior por sorte do atleta do Vasco. Atleta reincidente, que sempre é polêmico e que pratica luta” disse Sader.

O advogado do Palmeiras, Alexandre Miranda, recorreu a outro artigo do CBJD, que determina que o Tribunal não tem poder para mudar uma decisão disciplinar do árbitro de campo: “O artigo 58-B destaca que a atitude tem que ser grave. Os atletas estavam se puxando em uma falta a favor do Palmeiras. Quem tentava agarrar era o Léo Matos e os dois estavam se puxando. O atleta do Vasco continuou normalmente, não teve atendimento médico e depois o Felipe Melo sofre uma entorse e precisa ficar quatro meses afastado e o Léo Matos segue no jogo normalmente. A Procuradoria se reporta a um golpe de MMA, o árbitro e o VAR não entenderam assim. O árbitro era Anderson Daronco que é Fifa, junto com mais três auxiliares Fifa e mais uns cinco integrantes do VAR”.

Diante da argumentação de Miranda, Felipe Melo acabou absolvido por 4 votos a 1. O volante, que sofreu uma grave lesão no mesmo jogo – no tornozelo esquerdo, está em recuperação e tem retorno previsto para fevereiro, embora ele pretenda abreviar para janeiro.

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