Por Leandro Santile
13/04/2021

(Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Amigos Palestrinos, bom dia.

Após um período conturbado, estou retornando à normalidade, e por conta de tudo que estamos atravessando em nosso país, nada mais justo que priorizar um jogador torcedor. Sim, um torcedor que conseguiu o que milhões de nós queríamos, vestir o manto sagrado.

Confesso que no início também “cornetei” nosso meio campista, porém após ganhar chances em sua posição preferida e principalmente com um estilo de jogo que favorece seu futebol, até parecia que era outro jogador que fora contratado.

Raphael embalou o time em diversos jogos, sendo fundamental em vários dele, marcando gols, dando assistências jogando para o time até que…. Veio o COVID, esse maldito vírus que está devastando vidas, destruindo famílias e também quis abalar nossa família palestra.

Sou testemunha física e ocular do que esse vírus pode causar em uma pessoa, antes de contrair essa maldição meus pedais chegavam a 70, 80, 90 km, agora após 3 meses estão chegando a 50, essa é a força dessa pequenina maldição, eu não sou profissional, não preciso ter alto rendimento, imaginem quem precisa, como nosso meio campista.

É óbvio que todo processo que ele passou fez com que seu futebol que brilhava voltou a regredir, aspecto físico pesou demais nessa fase e novamente vieram as críticas, mas dessa vez, fui uma das vozes que o defendeu e que ainda o defende.

Nossa torcida é exigente, lembro-me de cobranças sobre o Alex, quando parte da torcida falava que ele dormia em campo, não, vocês não leram errado não, muitos torcedores diziam que o craque Alex dormia em campo, então a “cornetagem” no momento de tristeza de frustração, sempre é maior do que o bom senso.

Mas nada como um dia após o outro, principalmente para jogadores como Rapahel Veiga, jogadores que em uma final não se escondem, que além de marca um golaço se apresenta para cobrar o pênalti importante do tempo normal e novamente o faz nas cobranças para decisão do título.

Com uma atitude como essa, só tenho a dizer, obrigado Raphael Cavalcante Veiga, meu meia, você dignifica a camisa que veste.

Essa coluna além de uma clara homenagem a esse jogador, também é uma reflexão sobre o tamanho da cobrança que colocamos sobre alguns deles, principalmente nas redes sociais, jogadores que poderiam render muitos frutos, mas que acabam “amarelando” muitas vezes por medo. Existem sim exceções, alguns que realmente não estão à altura da nossa camisa, mas um pouco de paciência ajuda a separar o joio do trigo.

Que venha a quarta-feira, que venha a Recopa, que venha mais um jogaço do Raphael Veiga.

Avanti Palestra.