Por Leandro Santile, 18/02/2020
Amigos Palestrinos, boa tarde.
Há mais de 140 anos chegavam ao Brasil os primeiros imigrantes vindos da Itália, deixando para trás sua própria terra, familiares e pertences. Toda essa tristeza era amenizada com o sonho oferecido por uma nova nação.
Não era qualquer pessoa que embarcava para o Brasil, elas precisavam ser morigeradas e laboriosas (de boa índole e trabalhadoras), existia também um limite de idade que variava entre 20 e 35 anos, além de vir acompanhadas da família e com preferência para trabalhadores rurais.
Essa gente trabalhadora que transformou uma terra que só tinha mato e pedra em uma região próspera e rodeada de parreirais sofreu nas fazendas de café, onde ficavam presos por não conseguirem saldar as dívidas com os senhores fazendeiros.
Mas porque falar de história?
Simples, esses imigrantes fundaram em 26 de agosto de 1914 nosso amado Palestra Itália, mesmo em meio as perseguições sofridas, aos ataques por serem imigrantes, por terem vindo ao Brasil para servir, mostraram seu caráter, sua fibra, seu orgulho.
Nunca foram intimidados, mesmo com a ameaça de governo, da imprensa e dos rivais que queriam saquear seu patrimônio pelo simples motivo de sua origem Italiana.
Quando Armando Del Debbio proferiu os dizeres: “O Palestra morre líder e o Palmeiras nasce campeão”, tenho certeza que ele sabia que a perseguição ao clube jamais iria cessar e passado 78 anos desse dia ainda não conseguiram desmoralizar nossas origens.
Surgem comparações esdrúxulas do patrocínio do Verdão e da origem punitiva do Manchester City, mas não vemos a mesma comparação da dívida de clubes com entidades públicas que alavancaram e muito o patrimônio do mesmo. O Verdão não ganhou dinheiro, ele emprestou e terá que obter superávits para poder saldar as dívidas, as mesmas dívidas que outros clubes têm ao antecipar cotas de transmissão dos jogos.
Comparações que não surgem no momento da distribuição das cotas de TV, até se esqueceram do assunto Fair Play financeiro.
Quanto ao Patrocínio, todas as marcas que foram patrocinadoras do Verdão tiveram grande apelo na mídia, muitas são lembradas até hoje e duvido que estejam infelizes com os valores aportados ao clube, ou alguém conhecia nosso atual patrocinador antes de estampar nosso manto? A Petrobras todos conheciam mesmo antes de estarem em determinadas camisas.
Cansamos de ouvir que o Verdão contrata todo mundo, que tem o maior elenco, mas o número dos profissionais mostra que: Corinthians com 110 profissionais, Santos com 100 estão a nossa frente e que nós com 79 só superamos o São Paulo com 76.
Como diria Rock Balboa: “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente”. E nós há muito suportamos, nossa história nos mostra, afinal, nossos antepassados não foram expulsos do seu país, vieram escolhidos para o lavoro e pela honestidade.
Avanti Palestra.