Por Catedral de Luz
02/02/2023
Homem, branco e europeu. Foi assim que o jornalismo – uma entre tantas vozes – definiu Abel Ferreira, à luz dos últimos acontecimentos.
Porém, um substantivo e dois adjetivos bastam para definir uma pessoa?
Embora a democracia dê a quem quer que seja o direito de se manifestar, quando reduzimos o ser a três míseras palavras, sua sentença foi decretada.
A Sociedade gosta de julgar (e como!). Ter nas mãos o direito de punir quem ela entende ser o mal encarnado.
Todavia, nem sempre o réu tem um julgamento sob a égide isonômica.
Abel Ferreira seria apenas o pescoço pedido por uma Sociedade hipócrita, para que se sentisse “vingada” pelos resultados impostos pelo personagem?
Não vejo ética onde os códigos morais conflitam e adjetivam de forma rasteira – psicopata, violento e xenófobo, entre outros, para não irmos além.
Enfim, para não nos estendermos, Abel Ferreira será julgado e condenado, mas o câncer continuará enraizado nas entranhas de cada torcedor adversário. Basta que ele presencie alguém contrariando seus interesses e vença seu clube de coração.
A despeito de tal assunto, a SEP foi a campo, em Mirassol, frente ao time local.
Futebol econômico na etapa inicial, as linhas alviverdes produziram mais e melhor na etapa complementar, onde os “miúdos” se destacaram e mudaram a cara do jogo.
Atuesta (***) surpreendeu pela qualidade no passe e no bloqueio defensivo. Foi agraciado com um gol que pode mudar seu destino no Palmeiras.
Giovani (****) entrou bem e precisou de quinze minutos para provar a Abel que pode mais. Dois passes para gol não podem ser desprezados. Weverton (*****) foi o esteio do time – 8 defesas efetuadas. Somente um time seguro de si alcança resultados satisfatórios e parte do bom trabalho realizado no interior devemos ao goleiro alviverde. Ele ofereceu a tranquilidade que os “miúdos” precisavam para sacramentar a vitória.
Enfim, três pontos na hora certa, da forma certa e pelos atletas certos.
Abaixo apresentamos Weverton, “o nome do jogo, GALOPE PEREGRINO/ PTD”.
O escritor e colunista Catedral de Luz nasceu na turbulenta década de 60 e adquiriu valores entre as décadas de 70 e 80 que muito marcaram sua personalidade, tais como Palmeiras, Beatles, Letras, Espiritismo e História… Amizades… Esposa e Filha.
Os anos 90 ensinaram-lhe os atalhos, restando ao novo século a retomada da lira e poesia perdidas.